NIETZSCHE E A FISIOLOGIA COMO MÉTODO DE INTERPRETAÇÃO DE MUNDO
DOI:
https://doi.org/10.59488/tragica.v4i1.24622Palavras-chave:
Fisiologia, Corpo, Organismo, Saúde, CriatividadeResumo
Apresentamos a reflexão nietzschiana sobre a indissociabilidade entre filosofia e fisiologia, relação descartada pela tradição metafísica do pensamento ocidental, que pouca importância concedeu ao corpo e aos seus elementos intrínsecos, assim como aos seus processos orgânicos. Uma vez que a base axiológica da filosofia de Nietzsche se sustenta por uma compreensão imanente da existência, o corpo adquire o estatuto de eixo diretriz das valorações e a fisiologia se torna a “ciência” da vida, sustentada por uma interpretação existencial singular e perspectivística dos processos orgânicos. Tal circunstância retira qualquer conotação normativa e universalista, emancipando-se ainda de qualquer traço positivista, pois a compreensão fisiológica da existência, em Nietzsche, exige a afirmação da singularidade de cada organismo, uma vez que cada corpo reage aos estímulos externos e aos elementos assimilados cotidianamente de maneira distinta dos demais, impedindo assim a formulação de um princípio absoluto de valores, tal como a metafísica pretendeu estabelecer.Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, sendo o trabalho licenciado simultaneamente sob a licença Creative Commons Attribution 4.0 International (CC BY). Esta licença permite que terceiros remixem, adaptem e criem a partir do trabalho publicado, atribuindo o devido crédito de autoria e publicação inicial neste periódico. Os autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não exclusiva da versão do trabalho publicada neste periódico (por exemplo: publicar em repositório institucional, em site pessoal, publicar uma tradução ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial neste periódico.