"A ÚLTIMA VONTADE DO HOMEM, A SUA VONTADE DO NADA": PESSIMISMO E NIILISMO EM NIETZSCHE

Autores

  • João Constâncio Departamento de Filosofia, FCSH/ IFL, Lisboa, Portugal.

DOI:

https://doi.org/10.59488/tragica.v5i2.26905

Palavras-chave:

decadência, niilismo, pessimismo

Resumo

Em Para uma Genealogia da Moral, Nietzsche define o niilismo como “a ‘última vontade’ do homem, a sua vontade do nada” (GM/GM, III, §14). O presente texto sustenta que esta definição é, pelo menos, tão crucial como outras geralmente mais analisadas. Ao ligar o conceito de niilismo com o conceito de “vontade”, tal definição aponta, em primeiro lugar, para a necessidade de se tentar compreender este conceito em conexão com os conceitos schopenhauerianos de “vontade” e de “pessimismo”. Em segundo lugar, aquela definição indicia que, para Nietzsche, o “niilismo” não é propriamente uma “doutrina”, mas um fenômeno “fisiológico”. Deste ponto de vista, o presente texto procura mostrar como o conceito nietzschiano de “decadência” é fundamental para que se compreenda adequadamente o conceito de niilismo. Pensando o niilismo em conexão com os conceitos de pessimismo e de decadência, procuraremos mostrar em que sentido se trata nele de reduzir o mundo a um “nada”.

Biografia do Autor

João Constâncio, Departamento de Filosofia, FCSH/ IFL, Lisboa, Portugal.

Ph. D., Universidade Nova de Lisboa. Prof. Auxiliar, Departamento de Filosofia, FCSH/ IFL, Lisboa, Portugal.

Downloads

Publicado

2019-07-16