Reações em cadeia: molar, molecular e (des)mobilização das máquinas de guerra
DOI:
https://doi.org/10.59488/tragica.v14i1.34726Palavras-chave:
Máquinas de Guerra, Molar, Molecular, revolução, eficiênciaResumo
Deleuze e Guattari criam os conceitos de máquinas de guerra e revoluções moleculares buscando saídas para o impasse progressista no enfrentamento das formas de opressão contemporâneas. Porém, ambos os conceitos carregam características que apontam uma duplicidade de operação e o risco de seu funcionamento como caminho para reconfigurações mais opressivas por parte do sistema capitalista, descrito como forma de vida que permeia todas as instâncias sociais. Por exemplo, o próprio Deleuze enxergou o nazismo como máquina de guerra encarnada no Estado e, hoje, a milicianização da política e das relações sociais configura-se como uma força molecular terrível. Se a rota da grande revolução estaria bloqueada, o caminho seriam pequenas revoluções permanentes, que produzem novos fluxos de desejo e de ações, novas possibilidades de ser, sentir, pensar, agir? Ou essa afirmação operaria como um fetiche, com o julgamento equivocado de que a revolução molecular anularia a necessidade de uma revolução molar? Qual a eficiência de lutas moleculares? Quando uma luta de libertação social tenderia a transformar-se em seu oposto? Os populismos modernos seriam tão moleculares quanto as lutas e o ativismo das minorias ou apropriar-se-iam de uma tecnologia de combate para resultados nada minoritários?Referências
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