Filosofia, negatividade e recordação no Hipérion de Hölderlin

Autores

  • Pedro Augusto Costa Franceschini UFBA, Brasil

DOI:

https://doi.org/10.59488/tragica.v13i2.35755

Resumo

O longo período de concepção do romance de Hölderlin, Hipérion, durante a última década do século XVIII, acompanha seus momentos de maior envolvimento com a filosofia de sua época, fazendo dele um dos melhores documentos do trânsito do poeta alemão entre o pensamento filosófico e a poesia. Gostaríamos de analisar o modo como uma das principais temáticas da filosofia pós-kantiana, a busca por um fundamento absoluto e a superação das dualidades, torna-se o cerne do romance, revelando a maneira muito própria pela qual Hölderlin assimilou a questão de um ponto de vista estético. Ao contrário, todavia, de uma mera afirmação positiva de um ideal de unidade e harmonia, o grande saldo do romance é o fracasso de um tal ideal, do qual brota, no entanto, uma nova compreensão de negatividade. Isso só se torna possível a partir do trabalho da recordação, fundamento da poética hölderliniana, capaz de reconhecer na negatividade do conflito o vislumbre de uma nova totalidade, própria à condição finita e cindida da modernidade.

Biografia do Autor

Pedro Augusto Costa Franceschini, UFBA, Brasil

Prof. da UFBA

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Publicado

2020-08-31

Edição

Seção

Friedrich Hölderlin - Artigos