Autonomia e subordinação do povo brasileiro no século XIX: resistência e colonização de corpos e mentes no momento da independência

Autores

  • Cristina Rauter UFF, Brasil

DOI:

https://doi.org/10.59488/tragica.v14i3.50330

Resumo

Um estudo sobre a primeira metade do século XIX brasileiro tendo como principal referência a filosofia política de Spinoza e sua teoria da imaginação. Os acontecimentos históricos parecem a pontar para a autonomia do país, mas este permanece sendo uma nação cindida, onde dois indivíduos multiplamente compostos não podem formar um só corpo e uma só mente e buscar o que é melhor para todos. As elites dirigentes colonizadas também não podem elas próprias, buscar sua autonomia e se mantêm unidas mesmo após a independência em torno do objetivo dominar o indivíduo majoritário, constituído por negros escravizados, libertos, descendentes de povos originários, pequenos comerciantes e mesmo setores da burguesia comercial que possam ameaçar o projeto de dominação elite dirigente. Apesar da constante ameaça pela força das armas e também pela colonização da imaginação, a resistência persiste numa monarquia constitucional onde há escravizados e a participação popular não é benvinda.

 

 

Biografia do Autor

Cristina Rauter, UFF, Brasil

Professora titular do Instituto de Psicologia da Universidade Federal Fluminense

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Publicado

2022-02-22

Edição

Seção

Artigos