Roberto Machado leitor de Gilles Deleuze: caminhos de ensino e aprendizado de filosofia
DOI:
https://doi.org/10.59488/tragica.v15i1.51139Resumo
: O artigo procura mostrar como a recepção de temas da filosofia de Gilles Deleuze e a própria obra do filósofo foram decisivas na trajetória de Roberto Machado, do ponto de vista do historiador das idéias filosoficas, mas nem tanto em suas exigências metodológicas e pedagógicas. Neste aspecto, é Michel Foucault o filósofo que responde a tais exigências, cujos traços aparecem na trajetória de Machado, com a prática . pedagógica das aulas “quadro negro” e “aulas comício”, adaptadas ao seu estilo, bem como a elaboração de uma arqueologia do trágico. Como historiador das idéias, Machado segue os temas e os autores estudados por G. Deleuze, na defesa de uma geografia do pensamento, em que a crítica ao conceito de identidade e de representação deve ceder a um pensamento da diferença, no qual a filosofia de Kant situa-se no espaço fronteiriço entre estas duas esferas de pensamento. O artigo reafirma a hipótese de Machado que este ponto é a invariante estrutural que percorre as obras de Deleuze. Por fim, o autor rende homenagens ao mestre, valendo-se do mote de Espinosa-Nietzsche, formulado por Deleuze: “o que pode um corpo?”, para exaltar a prática pedagógica de ensinar e fazer filosofia como uma prática marcada por afetos de alegria
Referências
Machado, R. Deleuze e a Filosofia. Rio de Janeiro: Graal, 1990.
Machado, R. Impressões de Michel Foucault, São Paulo: n-1 edições, 2017.
Foucault, M. História da Loucura na Idade Clássica. São Paulo: Editora Perspectiva, 1978.
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