Viver nas relações, um diálogo entre Winnicott e Spinoza

Autores

  • Luiz Lessa UFRJ, Brasil

DOI:

https://doi.org/10.59488/tragica.v16i2.60755

Resumo

Winnicott e Spinoza são autores imanentistas que procuram, cada a um à sua maneira, compreender como nos afetamos e como podemos nos afetar melhor. Para tanto, rejeitam a metapsicologia, no caso de Winnicott, e a metafisica, no caso de Spinoza. Neste artigo, apresento aproximações entre esses dois autores que tomam o viver como objeto de suas reflexões e buscam compreender de que forma afetamos e somos afetados nas relações com o mundo no qual estamos inseridos e intrinsecamente fazemos parte. Afirmo que saúde e padecimento, alegria e tristeza são resultados da qualidade das relações, e que podemos viver melhor quanto mais conseguirmos compreender e agir nas causas das nossas tristezas e alegrias, seja para favorecê-las ou, quando possível, transformá-las, e, assim, usufruir de um viver mais criativo e espontâneo, aquilo que Winnicott chama de brincar.

Biografia do Autor

Luiz Lessa, UFRJ, Brasil

Psicólogo e psicanalista, mestre em Saúde Coletiva (UFRJ) e doutorando em Bioética, Ética Aplicada e Saúde Coletiva (PPGBIOS/UFRJ).

Referências

FREUD, S [1930]. “O mal-estar na civilização”. In: Obras completas – Vol. 18. São Paulo: Companhia das Letras, 2010, pp. 13-123.

LESSA. L. Reflexão sobre o conceito de saúde e seus indicadores a partir de Canguilhem e Winnicott. Dissertação de mestrado. IESC/UFRJ, 2008.

MARTINS, A. “A grande identidade Spinoza-Winnicott Ou a força vital da imanência”. In: Revista Trágica: estudos de filosofia da imanência, Rio de Janeiro, 2018, v. 11, nº 1, pp. 109-139.

SPINOZA, B. Ética. Belo Horizonte: Autêntica, 2016.

WINNICOTT. D. O brincar e a realidade. Rio de Janeiro: Imago, 1975.

Downloads

Publicado

2023-09-04