O rosto linguístico e a desrostificação literária
Assignificância e assubjetividade em Proust e Kafka
DOI:
https://doi.org/10.59488/tragica.v17i3.63645Resumo
RESUMO: Embora Gilles Deleuze e Félix Guattari não sejam os primeiros a tratar do problema do rosto como campo expressivo dos afetos, eles lhe darão um novo entendimento sob duas vias: os rostos concretos e a rostidade como máquina abstrata. A primeira via implica três condições que o rosto carrega (afetividade, individuação e socialização) e a segunda diz respeito a dois eixos (subjetividade e significação). Este trabalho parte do caminho aberto por esses pensadores e afirma que a Literatura e a Filosofia seriam capazes, através de seus próprios meios de criação, de desfazer o rosto. Nesse sentido, elas abririam caminhos para novas experimentações fora do modelo significacional, em Arte, e afastado do modelo subjetivo, em Filosofia. Teríamos, portanto, campos afetivos fora das afecções e conceitos filosóficos que não remetem a uma Filosofia do sujeito. Ao longo deste artigo, com Kafka e Proust, verificaremos como desfazer os rostos, implica, então, a abertura de novos caminhos para a Literatura e para a Filosofia e os perigos que se encontram nessa travessia.
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