Devir-odioso e produção da diferença em Facção Central

Autores

DOI:

https://doi.org/10.59488/tragica.v17i3.64473

Resumo

Este texto busca pensar parte da obra do grupo de rap paulistano Facção Central, deslocando-o de visões estreitas e estereotipadas quanto à sua poética. Sobretudo em um diálogo crítico entre o pensamento de Gilles Deleuze e Félix Guattari e a teoria da subcultura no campo da Sociologia, procuramos mostrar como as palavras de Facção Central não estão coadunadas com a violência delimitada pelos ditames da Justiça ou de Deus, antes se trata de um “devir-odioso” contra um mundo que quer desapossar os corpos periféricos de sua real força. Por fim, tentaremos expor como é justamente no instante crucial de afastamento e negação da doutrina da dívida e do juízo que reside a capacidade de produzir a diferença desde as margens.

Biografia do Autor

Ciro Lubliner, Universidade de São Paulo

Ciro Lubliner é doutor em Comunicação e Cultura pela UFRJ, mestre em Literatura Comparada pela USP e graduado em Imagem e Som pela UFSCar. Atualmente realiza um pós-doutorado em Estudos da Tradução na USP, com estágio na Universidade Paris X - Nanterre, e apoio da Fapesp (processo nº 2020/08504-1). É vice-coordenador do "labmenos" - laboratório de poéticas e políticas menores (CNPq/Unifesp).

Wallace José Silva, Universidade Federal de São Paulo

Wallace José Silva é graduando em Ciências Sociais pela Unifesp. Nascido em Minas Gerais, é residente da periferia de Guarulhos há mais de uma década. Tem seus interesses voltados a questões acerca das margens e marginalidades brasileiras, cultura e contracultura, literatura, filosofia e arte. Foi bolsista BIPIC/CNPq e é integrante do "labmenos" - laboratório de poéticas e políticas menores (CNPq/Unifesp).

Downloads

Publicado

2024-12-23