Superando o Pragmatismo Econômico: Redefinindo os Limites do Turismo a partir de uma Abordagem Espacial
DOI:
https://doi.org/10.36403/espacoaberto.2012.2077Palavras-chave:
Turismo, Espaço e Escala Geográfica, Turista, Limites espaciaisResumo
A atividade turística assume hoje dimensões planetárias, permitindo o conhecimento de muitos lugares antes não pensados como espaços propícios à atividade. Nesse ínterim, não apenas os espaços ditos “distantes” de uma realidade social vigente são turísticos, porém, os espaços “próximos”, aqueles que fazem parte do entorno urbano e/ou rural, hoje recebem a atenção de promotores da atividade turística, sobretudo de turistas, sempre pensando a funcionalidade do turismo como sendo uma geradora de novas realidades. Nesse novo momento, cada vez mais se torna difícil a delimitação espacial física do turismo, visto que a dinâmica da atividade é superior aos padrões rigidamente
convencionados pelas teorias e pelos órgãos ligados ao setor. Dessa maneira, o espaço turístico dinamiza-se, ganhando contornos específicos conforme a sociedade impõe seus movimentos e símbolos, o que independe do tempo da permanência dos turistas. Assim, a partir de uma abordagem crítica do espaço geográfico, ou seja, aquele que é entendido, sobretudo, conforme Santos (2002), como sendo um conjunto indissociável e solidário, porém contraditório de sistemas de objetos e sistemas de ações, este artigo tem como objetivo analisar a relação existente entre o turismo e o espaço, entendendo que, sendo o turismo uma prática social, este pode ser praticado em diferentes escalas
geográficas, não se atendo a limites espaciais rígidos e padronizados.