Paisagem Arqueológica como Paisagem Cultural: Considerações sobre o Complexo Rupestre do Poti, Piauí – Brasil

Autores

DOI:

https://doi.org/10.36403/espacoaberto.2020.32700

Palavras-chave:

Arte Rupestre, Paisagem Cultural, Paisagem Cultural Arqueológica

Resumo

A importância da noção de preservação do patrimônio arqueológico e do seu contexto é expressa tanto nos pensamentos processuais neo-evolucionistas, que compreendem a cultura como o resultado das relações da tecnologia com o meio ambiente, como para os pós-processualistas contextualistas, cujo enfoque baseia-se na convicção de que os pesquisadores precisam examinar todos os aspectos possíveis de uma determinada cultura arqueológica a fim de compreender o significado de cada parte. Destarte, a aplicação do conceito de Paisagem Cultural Arqueológica permite uma ampliação da noção de sítio arqueológico – de uma unidade isolada, como trata a legislação brasileira até o momento, para o território de atuação de grupos pretéritos. Considerando a importância da preservação do contexto arqueológico na conformação do patrimônio arqueológico, propõe-se que a chancela da Paisagem Cultural passe a ser uma modalidade utilizada como critério para a seleção, ou como uma categoria à parte, numa tentativa de alargamento dos possíveis instrumentos de preservação e salvaguarda deste patrimônio sui generis junto às instituições de proteção, no âmbito nacional e internacional. Como exemplo de aplicabilidade apresenta-se neste trabalho uma das áreas com maior concentração de sítios rupestres do Brasil: o Complexo Rupestre do Poti, localizado no estado do Piauí.

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Biografia do Autor

Luana Campos, Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional

Doutora pela Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro no programa "Quaternário, Materiais e Culturas" com apoio financeiro do programa de doutorado Pleno do Exterior CAPES, reconhecido no Brasil pelo Departamento de Arqueologia da Universidade de Pernambuco - UFPE. Mestra pelo programa Erasmus mundus "Quaternário e Pré-historia" através do mestrado em Arqueologia Pré-histórica e Arte Rupestre da Universidade de Trás-Os-Montes e Alto Douro. Pós Graduada em Antropologia Forense pela Universidade de Coimbra/INML. Especialista em SIG pelo Instituto Técnico de Tomar.Graduada em Historia pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. Associado ao CGeo - Centro de Geociências da Universidade  de Coimbra e ao Comité Científico ICOMOS-BR sobre Mudanças Climáticas. Professora "recém-doutora" no Mestrado Profissional em Preservação do Patrimônio Cultural do IPHAN. Áreas de atuação: Arqueologia - Patrimônio Cultural - Alterações Climáticas - Comportamento Humano. 

Tiago Leite Ramirez, Secretaria de Cultura do Estado de Goiás

Gerência de Fiscalização e Manutenção de Obras do Patrimônio Cultural.

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Publicado

2020-10-22

Como Citar

CAMPOS, Luana; RAMIREZ, Tiago Leite. Paisagem Arqueológica como Paisagem Cultural: Considerações sobre o Complexo Rupestre do Poti, Piauí – Brasil. Espaço Aberto, Rio de Janeiro, Brasil, v. 10, n. 2, p. 53–69, 2020. DOI: 10.36403/espacoaberto.2020.32700. Disponível em: https://revistas.ufrj.br/index.php/EspacoAberto/article/view/32700. Acesso em: 21 nov. 2024.