Senioridade Oracular

uma reflexão sobre a senioridade do oráculo do Ẹ́ẹ́rìndinlógún sobre o oráculo de Ifá, segundo Oyèrónkẹ́ Oyewùmí

Autores

DOI:

https://doi.org/10.47661/afcl.v16i32.60951

Palavras-chave:

Ifá, Oráculo, Senioridade, Ẹ́ẹ́rìndinlógún, Gênero

Resumo

O Ẹ́ẹ́rìndinlógún consiste em um sistema oracular constituído por dezesseis búzios sendo um dos veículos para interpretação da filosofia de Ọ̀rúnmìlà. No entanto, segundo Oyèrónkẹ́ Oyewùmí as lentes do gênero que borraram os olhos dos eruditos Ocidentais e Yorùbá influenciados pelo ocidente levou a uma deturpação da filosofia de Ọ̀rúnmìlà causando uma divisão binária e hierárquica entre os sistemas oraculares que interpretam os Odù Ifá. Uma divisão binária que elevou oráculo de Ifá como masculino e superior e reduziu o Ẹ́ẹ́rìndinlógún como feminino e, por isso, inferior. Neste artigo, com base no pensamento de Oyewùmí, vamos defender a tese de que o Ẹ́ẹ́rìndinlógún é, na verdade, o oráculo sênior e que a origem de Ifá se deu com Ọ̀ṣun, mostrando que para Ifá a reverência está na senioridade e não no gênero.

Biografia do Autor

Carlos Eduardo da Silva Rocha, Universidade Federal do Rio de Janeiro

Possui Graduação em Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (2011). Curso Superior de Complementação de Estudos em Cultura Clássica Greco-Latina pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (2011). Possui Mestrado pela Pontfícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (2014). Apresentou comunicações e participou de comissões organizadoras de eventos na área de Filosofia e teve artigos publicados em revistas e periódicos de filosofia. Foi bolsista PIBIC (por três anos) e do Cnpq (Mestrado). Nos últimos anos tem focado seus estudos nas Filosofias Africanas e Decoloniais, em especial na Filosofia de Òrúnmìlà/Ifá (Yorùbá) Tem experiência na área de Filosofia com ênfase em: Filosofias Africanas, Decolonialidade, Metafísica; Ética. Atualmente é Doutorando (Bolsista CNPq) e licenciando em filosofia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro.

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Publicado

2024-05-31

Edição

v. 16 n. 32 (2022): Almas Ancestrais 2

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