Razão Prática e Motivação Moral: análise de argumentos contra o internalismo

Autores

  • Rafael Martins University of Kansas

DOI:

https://doi.org/10.59488/itaca.v0i24.1446

Resumo

Em The Moral problem (1994), Michael Smith procura conectar três teorias conflitantes que sozinhas apresentam-se como intuitivamente plausíveis, entretanto, juntas parecem não funcionar muito bem. A primeira propõe que juízos morais são crenças em fatos objetivos. A segunda estabelece o conceito de exigência prática. A última teoria defende a psicologia humiana baseada no sistema crença-desejo, ou seja, se um juízo moral é suficiente para explicar as ações, então ele deve envolver um desejo. Sendo assim, um juízo moral não pode expressar um estado mental apenas cognitivo. Para Smith, qualquer tentativa de resolver o problema moral precisa encontrar uma maneira de sustentar as três doutrinas conjuntamente. Argumentarei que sua solução apoia-se em duas falsas suposições. A primeira, de natureza racionalista, sustenta que aquilo que temos razão para fazer é o que desejaríamos fazer se fôssemos integralmente racionais. A segunda suposição é a tese internalista sobre motivação moral de acordo com a qual uma pessoa que acredita ser moral vista prático. Basearei minha crítica em quatro objeções levantadas por Copp, Miller, Shafer-Landau, Brink e Sayre-McCord.

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Publicado

2013-12-01

Edição

Seção

Artigos