Filosofia africana contemporânea desde os saberes ancestrais femininos: novas travessias / novos horizontes

Autores

DOI:

https://doi.org/10.59488/itaca.v0i36.31952

Palavras-chave:

FILOSOFIA AFRICANA CONTEMPORÂNEA, SABERES ANCESTRAIS FEMININOS, ANCESTRALIDADE.

Resumo

Esse artigo traz um breve diálogo acerca da filosofia africana contemporânea refletindo novos caminhos / horizontes, nessa perspectiva busco trazer, brevemente, os saberes ancestrais femininos como mediadores desses novos / outros caminhos. Dialogaremos em torno de uma crítica à ausência das mulheres nas temáticas em torno da filosofia africana, compreendendo que filosofar desde os saberes ancestrais femininos é implicar-se em uma relação intima com nossa humanidade. O feminino é a energia do encantamento, é quem permite o existir com ética, amorosidade, cuidado, o que dá e o que permite a vida, é a ancestralidade perpassando e criando sentidos de re-existências.

Biografia do Autor

Adilbênia Freire Machado, Universidade Federal do Ceará

Doutora em Educação (UFC); Mestra em Educação (UFBA); Licenciada e Bacharela em Filosofia (UECE).

Pesquisa Filosofia Africana Contemporânea, Filosofias da Ancestralidade e do Encantamento, Ensino das Africanidades, Metodologias e Currículos Afrorreferenciados.

Autora do Livro:

Filosofia Africana: ancestralidade e encantamento como inspirações formativas para o ensino das africanidades.

Referências

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Publicado

2020-06-18