Filosofia africana e a crítica à Razão Negra de Achilles Mbembe.

Autores

  • Pessanha de Melo Pessanha Universidade de Brasília

DOI:

https://doi.org/10.59488/itaca.v0i36.31993

Palavras-chave:

Filosofia, Filosofia africana, Filosofia afro-brasileira, Ontologias Contemporâneas

Resumo

Resumo: Na história da filosofia africana é quase sempre presente a justificativa que convença que existe uma filosofia africana, e que essa filosofia não tem inicio com a colonização europeia. Os processos de necropolítica e epistemicidio, consequência do período colonial no continente africano, colaboraram para o empobrecimento ontológico do ser-negro, impondo ao africano o status ontológico de inferioridade e subalternidade. Na compreensão de Achilles Mbembe por causa desses fatores a razão negra se ocupa basicamente em produzir argumentos com fundamentos que se tornaram resistência à escravatura, o colonialismo, e o apartheid.

Biografia do Autor

Pessanha de Melo Pessanha, Universidade de Brasília

Graduado em Licenciatura Plena em Filosofia pela Universidade Católica de Brasília (UCB) em 2005; pós-graduado (Lato Sensu) em Educação a Distância pela Universidade de Brasília (UnB) em 2010; pós-graduado ( Lato Sensu) em Bioética pela Universidade de Brasília (UnB) em 2014; e pós-graduado (Lato Sensu) em História e Cultura Afro-brasileira e Africana pela Universidade Federal de Goiás (UFG) em 2016. Mestre em Metafísica pela Universidade de Brasília (2018). Atuando principalmente em projetos de extensão universitária, tutor em cursos a distância, pesquisador das questões etnorraciais e filosofia africana e afro-brasilira, professor efetivo na Secretaria de Educação do Distrito Federal

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Publicado

2020-06-18