Interioridade e subjetividade: um percurso de Agostinho a Freud

Autores

  • Cecilia Cassal PPGF-UNISINOS
  • Jasson Martins PPGF-UNISINOS

DOI:

https://doi.org/10.59488/itaca.v0i16.590

Palavras-chave:

Interioridade, Subjetividade, Verdade

Resumo

O artigo procura estabelecer uma relação de continuidade entre a ideia de interioridade de Agostinho e o conceito de subjetividade em Freud. A interioridade, apartir da teoria da iluminação, fundamentou o que nós chamamos hoje identidade moderna. Essa identidade moderna, no ocidente, passa da interioridade à subjetividade,com a criação da psicanálise. Tanto a noção de interioridade agostiniana como a noção de subjetividade psicanalítica possui o mesmo objetivo: permitir que cada indivíduo conheça a si mesmo. Enquanto na teoria da iluminação era necessária a emergência de um luzeiro (Deus) que a tudo organiza e dá sentido; na psicanálise, com a emergência do inconsciente, o sujeito é o responsável por organizar o seu espaço interior, psicanaliticamente descrito como espaço cindido, sem organização e guiado pelas pulsões. Nessa perspectiva, na atualidade, a interioridade e a subjetividade são um espaço de produção de conhecimento de si e também o lugar onde se forjam as tecnologias de governo de si e também da sociedade.

Palavras-Chave: Interioridade. Subjetividade. Verdade.

 

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Publicado

2011-03-15

Edição

Seção

Artigos