Nietzsche e o ascetismo:
por uma filosofia afirmativa
Resumo
O presente artigo se ocupará em apresentar as análises feitas por Nietzsche sobre a questão do ascetismo, sobretudo, nos textos da sua fase madura. Este conceito possui um lugar especial na terceira dissertação de A Genealogia da Moral (1887), no qual o filósofo alemão busca determinar o valor da moral, colocando em xeque o próprio valor dos valores. A análise nietzschiana nesse texto vale-se do estudo filológico, etimológico, histórico e uma psicologia da vontade de poder, com o intuito de demonstrar a diversidade de interpretações. No entender de Nietzsche, o ascetismo é um fenômeno que se proliferou na história do Ocidente, sendo uma doutrina que se manifestou de muitas formas, seja no campo da religião, da arte ou da filosofia, a partir do socratismo. Esse termo é derivado do grego “askesis” e quer dizer prática ou exercício, podendo ser interpretado de forma positiva. Entretanto, daremos ênfase ao teor negativo, visto que as raízes dessa doutrina são dualistas e desprezadoras do corpo, sempre em busca de uma elevação. Nietzsche, por sua vez, é o filósofo dor amor fati, que diz sim à vida. É, portanto, por essa via que caminharemos, defendendo uma filosofia dos afetos, holística e afirmativa.
Downloads
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Quésia Oliveira Olanda

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.
Os autores, ao enviar textos para possível publicação, concordam com os seguintes termos:
1. Os autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação.
2. A publicação é licenciada sob a Creative Commons Atribuição - Não Comercial - Compartilha Igual 4.0 Internacional (CC BY-NC-SA 4.0).
3. O autor está autorizado a publicar o trabalho em outras revistas ou como capítulo de livro, desde que a distribuição não seja exclusiva e indique a primeira publicação nesta revista.
4. O autor é incentivado a divulgar e disponibilizar o trabalho aprovado para publicação nesta revista em quaisquer meios, desde que essa versão divulgada seja a mesma enviada para avaliação e, posteriormente, seja alterada pela versão publicada.