Os Usos Políticos da Dúvida
O ceticismo entre a prudência conservadora e a contestação agonística
Resumo
Este ensaio analisa o ceticismo na teoria política como uma disposição afetiva, intelectual e normativa. Contrasta a tradição conservadora, de Burke a Oakeshott — onde a dúvida funciona como prudência e contenção —, com a abordagem agonística de Judith Shklar, na qual a dúvida serve à crítica e à desestabilização de ordens naturalizadas. Argumenta-se que o ceticismo não possui conteúdo político intrínseco, assumindo funções prudenciais, críticas ou antipolíticas conforme seus contextos e motivações. Tomando emprestada a noção de ceticismo motivado, propõe-se compreender a dúvida como prática situada de gestão da incerteza, com efeitos políticos relevantes.
Palavras-chave: Ceticismo político; Conservadorismo; Agonismo; Judith Shklar; Motivação política
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Copyright (c) 2025 João Manoel Bentes Nonato da Silva

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