L'ECOLE, LA SANTE ET L'EDUCATION PHYSIQUE EN FRANCE DANS LA SECONDE MOITIE DU VINGTIEME SIECLE: DU QUADRILLAGE DES CORPS AU DEVELOPPEMENT DU SOUCI DE SOI
Abstract
Résumé: La pratique physique occupe aujourd'hui un espace tout à fait particulier dans la construction d'une vision renouvelée de la santé. Etre en forme, « performant », se sentir bien dans son corps et dans sa tête, se soucier de son apparence physique ou vivre en harmonie au sein du corps social, constituent des repères clés en matière de santé et d'hygiène sociale. Simultanément cette lecture moderne et ses composantes incarnent une forme d'injonction nouvelle dans laquelle le droit à la santé, extension quasisociétale des droits de l'homme, croise les nouvelles obligations liées au « devoir » de santé. Dans cette perspective l'école joue un rôle central en configurant « scolairement » le message sanitaire délivré à l'enfance et à la jeunesse. L'éducation physique est plus particulièrement concernée par cette mission. Pour autant, les liens entre santé et éducation corporelle ne sont pas nouveaux. Ils ne sont pas non plus restés sans changer de nature. Cet article interroge précisément les continuités et inflexions qui caractérisent ces relations suivies entre l'éducation physique et la santé, en France, au 20ème siècle jusqu'à la période actuelle. Il questionne les transformations de ces relations dans une double perspective. Celle, d'une part, de la problématique du contrôle des corps (capital humain) et de l'émancipation des individus par l'accès au bien être corporel, mental et social ; celle, d'autre part, de la construction identitaire d'une discipline scolaire, l'éducation physique, pour laquelle la finalité santé a pu constituer un atout majeur dans son incorporation au système éducatif français.
Mots clé: éducation physique, sante
EDUCAÇÃO, SAÚDE E EDUCAÇÃO FÍSICA NA FRANÇA NA SEGUNDA METADE DO SÉCULO VINTE: DO CORPO QUADRLLAGE AO DESENVOLVIMENTO DO CONHECIMENTO DE SI
Resumo: A prática física hoje ocupa um espaço em particular na construção de uma renovada visão da saúde. Estar em forma, "eficiente", se sentir bem com seu corpo e sua mente, se importar com sua aparência física ou viver em harmonia com o ambiente do "corpo social", constituem-se em marcos chave na substância da saúde e higiene social. Simultaneamente, essa leitura moderna e seus componentes incorporam uma nova forma de injunção na qual o direito à saúde, extensão social dos direitos do homem, se cruza com novas obrigações anexadas ao "dever" da saúde. Nessa perspectiva, a escola tem o papel central de configurar "de uma maneira escolar" esse discurso direcionado à infância e à adolescência. Essa missão se enquadra mais particularmente à educação física. Dessa maneira, os laços entre saúde e educação corporal não são novidade. Eles não continuariam mais sem modificar sua natureza. Este artigo questiona exatamente as continuidades e inflexões que caracterizam as resultantes relações entre educação física e saúde na França, do século XX até os tempos atuais. Ele questiona as transformações dessa relação em uma perspectiva dupla: em primeiro lugar, a problemática do controle dos corpos (capital humano) e da emancipação dos indivíduos pelo acesso ao bem-estar corporal, mental e social; em segundo, da construção de identidade de uma disciplina escolar, a educação física, para qual a "saúde" poderia se constituir no principal trunfo para sua incorporação no sistema educacional francês.
Palavras-Chave: saúde, corpo, educação física
EDUCATION, HEALTH AND PHYSICAL EDUCATION IN FRANCE IN THE SECOND HALF OF THE TWENTIETH CENTURY: FROM THE QUADRILLAGE BODY TO THE DEVELOPMENT OF CONCERN OF ITSELF
Abstract: The physical practice today occupies a particular space in the construction of a renewed vision of the health. To be in shape, "efficient", to feel yourself well with your body and mind, to matter with your physical appearance or to live in harmony in the environment of the "social body", constitutes the key-marks in substance of health and social hygiene. Simultaneously, this modern reading and its components give body to a new form of injunction in which the right to health, social extension of the rights of the man, crosses the new obligations attached to the "duty" of health. In this perspective, the school has a central paper to configure "in a scholar way" this speech directed to childhood and youth. This mission fits to physical education more particularly. Therefore, the links between health and corporal education are not new. They would not remain anymore without moving of nature. This article precisely interrogates the continuities and inflections that characterize the resultant relations between physical education and health, in France, from the 20th century until the current period. It questions the transformations of these relations in a double perspective: first, the problematic of the control of the bodies (human capital) and of the emancipation of the individuals by the access to corporal, mental and social welfare; second, of the identity construction of one scholar subject, the physical education, for which the purpose "health" could constitute one major asset in its incorporation to French's education system.
Keywords: health, body, physical education
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