“OS ARQUIVOS DOS PÉS”: A CAMINHADA DE CAMPO NA HISTÓRIA DO ESPORTE
Resumen
O patrimônio histórico esportivo é uma preocupação em crescimento, com clubes e entidades gestoras cada vez mais interessadas em apresentar seu passado. Este artigo trabalha com uma hipótese básica: os lugares onde esportes ocorreram no passado interessam ao presente. Historiadores do esporte reconhecem essa questão e as têm levado cada vez mais em consideração. Pode-se observar assim um crescente interesse em algumas questões chave na história do esporte: o que acontece quando locais esportivos antigos são abandonados? Como a reurbanização de locais antigos acomoda a memória do que aconteceu lá? Os traços de utilização esportiva permanecem muito após o campo e as arquibancadas terem sido reduzidos a arqueologia e substituídos por residências, lojas ou escritórios? É com essa questão -- como perceber os locais esportivos depois que o esporte desapareceu -- que me preocupo aqui. No entanto, falta a alguns estudos um método importante ao estudar essas questões: o contato físico com o local. O que pretendo fazer aqui é advogar pela maior utilização da caminhada de campo como método na pesquisa histórica do esporte, e dar como modelo um estudo de caso de uma caminhada de campo em um importante local que deixou apenas traços mínimos, o percurso da maratona olímpica de 1908, que caminhei em seu ano centenário, como parte de minha pesquisa atual sobre os primeiros Jogos Olímpicos de Londres.
Palavras-Chave: Caminhada de Campo; fontes e metodologia; cultura material esportiva.
Abstract
“The Archive of the Feet”: Field Walking in Sport History
Sports heritage is a growing concern, with clubs and governing bodies are taking an increasing interest in presenting their past. Underlying this article is a basic assumption: that the places where sport happened in the past matter in the present. Sports historians are recognizing these issues, and have increasingly taken ‘place' into account. There has thus been an increased interest in some key issues in sports history: what happens when old sporting sites are abandoned? How do redevelopments of old sites accommodate the memory of what happened there? Do traces of the sport usage remain evident long after the field and the stands have been reduced to archaeology and replaced by housing, shops, or offices? It is this issue -- how to get a feel for sport sites when the sport has gone -- that concerns me here. However, some studies miss a key method when studying this question: physical engagement with the site. What I aim to do here is to advocate an increased use of field walking as a method in sports history research and to model it with a case study of a field walk on an important site that left only minimal traces behind, the route of the 1908 Olympic Marathon, which I walked in the centenary year as part of my on-going research on the first London Olympics.
Keywords: Field Walking; sources and method; sportive material culture.
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