DA REVOLUÇÃO CUBANA AO NEOLIBERALISMO: MOVIMENTOS CAMPESINOS, REFORMA E CONTRARREFORMA AGRÁRIA NA AMÉRICA LATINA (1959-1990)
Résumé
Neste trabalho desenvolve-se o cotejo entre a atuação de Movimentos campesinos no Brasil, Peru e Chile entre as décadas de 1960 e 1990. Inicialmente, tendo como pano de fundo a Revolução cubana de 1959, avalia-se como estes movimentos buscaram aproveitar o clima aparentemente favorável à reforma agrária para conectados a outros setores sociais buscar sua implementação. Avaliamos também como as respectivas burocracias estatais buscaram dialogar com estes movimentos numa interação entre repressão e cooptação, pelo menos enquanto pareceu existir um consenso em torno da ideia de reforma agrária como um preventivo de revoluções.
Num segundo momento, avalia-se a Contrarreforma, que tem como ponto de partida o golpe empresarial-militar desfechado no Chile em 1973, que a médio prazo desencadeou naquele país a implantação do modelo neoliberal. Aqui analisamos como os movimentos camponeses agiram nestas três sociedades em contextos nos quais progressivamente a reforma foi-se tornando uma proposta minoritária. Finalmente observaremos como a partir dos anos 1990 tais movimentos buscaram implementar temas os ambientais à sua pauta, para tentar atualizar as propostas reformistas.
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