NO GOVERNO DAS MINAS - VIVÊNCIAS E DISPUTAS CONJUGAIS ENTRE AFRICANOS OCIDENTAIS NO RIO DE JANEIRO DO SÉCULO XIX
Resumo
Neste artigo, procuro examinar os significados que o casamento e o divórcio católicos tinham para africanos e africanas libertos procedentes da costa ocidental (mais conhecidos como pretos minas) no Rio de Janeiro oitocentista. Como as ex-escravas minas reagiam aos padrões de gênero impostos pelas leis eclesiásticas e pela própria sociedade? E o que os encontros e as disputas conjugais revelavam sobre as novas e velhas formas de identificação desses africanos e africanas? Partindo de um amplo conjunto de fontes eclesiásticas e civis -- que incluem registros de casamento e batismo, processos de habilitação matrimonial e de divórcio abertos no Juízo Eclesiástico, inventários, testamentos e registros de alforria -, pretendo avaliar em que medida as motivações desses homens e mulheres se aproximavam -- ou se afastavam -- daquelas feitas por cônjuges de outras cores, origens e condições sociais. Ao mesmo tempo, também foi possível dimensionar a participação dos africanos ocidentais nos intricados mercados matrimoniais da cidade.
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Proposta de Política para Periódicos de Acesso Livre
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