Associações entre autoeficácia e burnout em docentes do ensino superior

Autores

DOI:

https://doi.org/10.36482/1809-5267.ARBP-2022v74.18327

Resumo

Esta pesquisa pretendeu investigar correlações entre crenças de autoeficácia e síndrome de burnout em professores do ensino superior, verificar a prevalência de burnout, assim como averiguar associações entre a existência de burnout e a percepção da Autoeficácia com características sociodemográficas. Foram utilizadas a Escala de Autoeficácia do Professor nas dimensões Intencionalidade da Ação e Manejo de Classe, e o Maslach Burnout Inventory (MBI) nas dimensões Exaustão Emocional, Despersonalização e Realização Profissional em 356 participantes. Apesar de estes professores apresentarem crenças de autoeficácia fortalecidas, há indicativos da síndrome de burnout em 41,6% dos docentes nos diversos graus de gravidade, porém apenas 0,3% estão em estágio severo, afetando mais mulheres e docentes com menor titulação. Identificou-se associações significativas entre a presença de burnout e a Autoeficácia docente, indicando que quanto menor a autoeficácia percebida, maior a propensão ao burnout.

Referências

Araújo, T. M. D., & Carvalho, F. M. (2009). Condições de trabalho docente e saúde na Bahia: estudos epidemiológicos. Educação e Sociedade, 30(107),427-449. https://doi.org/10.1590/S0101-73302009000200007

Bandura, A. (1986). Social foundations of thought and action: a social cognitive theory. Englewood Cliffs: Prentice-Hall.

Benevides-Pereira, A. M. T. (2001). MBI – maslach burnout inventory e suas adaptações para o Brasil. In Sociedade Brasileira Psicologia (Org.), Anais da 32a Reunião Anual de Psicologia (pp. 84-85). Rio de Janeiro: SBP. Recuperado em 23 de novembro de 2020 de http://www.sbponline.org.br/resources/anais/2001.pdf

Beschoner, P., Braun, M., Schoenfeldt-Lecuona, C., Freudenmann, R. W., & Von Wietersheim, J. (2016). Gender aspects in female and male physicians: occupational and psychosocial stress. Bundesgesundheitsblatt, Gesundheitsforschung, Gesundheitsschutz, 59(10), 1343-1350. https://doi.org/10.1007/s00103-016-2431-7

Cândido, J., & Souza, L. R. (2017, janeiro 28). Síndrome de Burnout: as novas formas de trabalho que adoecem. Psicologia.pt. Recuperado em 25 de agosto de 2020 de http://www.psicologia.pt/artigos/textos/A1054.pdf

Carlotto, M. S. (2014). Prevenção da Síndrome de Burnout em professores: um relato de experiência. Mudanças: Psicologia da Saúde, 22(1), 31-39. https://doi.org/10.15603/2176-1019/mud.v22n1p31-39

Carlotto, M. S., & Câmara, S. G. (2017). Riscos psicossociais associados à síndrome de burnout em professores universitários. Avances en Psicología Latinoamericana, 35(3), 447-457. https://doi.org/10.12804/revistas.urosario.edu.co/apl/a.4036

Carlotto, M. S., & Palazzo, L. S. (2006). Síndrome de burnout e fatores associados: um estudo epidemiológico com professores. Cadernos de Saúde Pública, 22(5), 1017-1026. https://doi.org/10.1590/S0102-311X2006000500014

Carlotto, M. S., Dias, S. R. S., Batista, J. B. V., & Diehl, L. (2015). O papel mediador da autoeficácia na relação entre a sobrecarga de trabalho e as dimensões de Burnout em professores. Psico-USF, 20(1), 13-23. https://doi.org/10.1590/1413-82712015200102

Casa ONU Brasil. (2019, maio 29). Síndrome de burnout é detalhada em classificação internacional da OMS. Notícias. Recuperado em 19 de junho de 2020 de https://nacoesunidas.org/sindrome-de-burnout-e-detalhada-em-classificacaointernacional-da-oms/amp/

Casanova, D. C. G, & Azzi, R. G. (2015). Análise sobre variáveis explicativas da autoeficácia docente. Educar em Revista, (58), 237-252. https://doi.org/10.1590/0104-4060.43236

Castelo, L. B., & Luna, I. N. (2012). Crença de autoeficácia e identidade profissional: estudo com professores do ensino médio. Psicologia Argumento, 30(68), 27-42. https://doi.org/10.7213/psicol.argum.5882

Costa, F. R. C. P., & Rocha, R. (2013). Fatores estressores no contexto de trabalho docente. Revista Ciências Humanas, 6(1), 18-43. https://doi.org/10.32813/2179- 1120.2013.v6.n1.a51

Dalagasperina, P., & Monteiro, J. K. (2014). Preditores da síndrome de burnout em docentes do ensino privado. Psico-USF, 19(2), 265-275. https://doi.org/10.1590/1413- 82712014019002011

Dalcin, L., & Carlotto, M. S. (2018). Avaliação de efeito de uma intervenção para a síndrome de burnout em professores. Psicologia Escolar e Educacional, 22(1), 141-150. https://doi.org/10.1590/2175-35392018013718

Dancey, C. P., & Reidy, J. (2013). Estatística sem matemática para psicologia (L. Viali, Trad.). Porto Alegre: Penso.

Denzine, G. M., Cooney, J. B., & McKenzie, R. (2005). Confirmatory factor analysis of the teacher efficacy scale for prospective teachers. British Journal of Educational Psychology, 75, 689-708. https://doi.org/10.1348/000709905X37253

Ferreira, L. C. M. (2011). Relação entre a crença de autoeficácia docente e a síndrome de Burnout em professores do ensino médio (Tese de Doutorado). Faculdade de Educação, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, SP, Brasil. Recuperado em 17 de agosto de 2019 de http://repositorio.unicamp.br/jspui/handle/REPOSIP/251184

Ferreira, L. C. M. (2014). Crenças de autoeficácia docente, satisfação com o trabalho e adoecimento. Psicologia, Ensino & Formação, 5(2), 19-37.

Ferreira, L. C. M., & Azzi, R. G. (2010). Docência, burnout e considerações da teoria da auto-eficácia. Psicologia, Ensino e Formação, 1(2), 23-34.

Ferreira, L. C. M., & Azzi, R. G. (2011). Burnout do professor e crenças de auto-eficácia. Eccos Revista Científica, 26, 179-91. https://doi.org/10.5585/EccoS.n26.2149

Gomes, A. R., Oliveira, S., Esteves, A. D. J., Alvelos, M., & Afonso, J. M. (2013). Stress, avaliação cognitiva e burnout: um estudo com professores do ensino superior. Revista Sul-Americana de Psicologia, 1(1), 6-26.

Gupta, M., & Rani, S. (2014). Burnout: a serious problem prevalent among teachers in the present times. Journal of Education and Research, 4(1), 1-9.

Iaochite, R. T., & Azzi, R. G. (2012). Escala de fontes de autoeficácia docente: estudo exploratório com professores de Educação Física. Psicologia Argumento, 30(71), 659-669. https://doi.org/10.7213/psicol.argum.7472

Khan, M. S. (2014). Teacher burnout: causes and prevention. Vetri Education, 9(2), 15-22.

Kourmousi, N., & Alexopoulos, E. C. (2016). Stress sources and manifestations in a nationwide sample of pre-primary, primary, and secondary educators in Greece. Frontiers Public Health, (4), 1-9. https://doi.org/10.3389/fpubh.2016.00073

Lopes, A. P., & Pontes, E. A. S. (2009). Síndrome de burnout: um estudo comparativo entre professores das redes públicas estadual e particular. Psicologia Escolar e Educacional, 13(2), 275-281. https://doi.org/10.1590/S1413-85572009000200010

Maslach, C. (1986). Maslach burnout inventory (2a ed.). Palo Alto: Consulting Psychologist.

Maslach, C., Schaufeli, W. B., & Leiter, M. P. (2001). Job burnout. Annual Review Psychology, 52, 397-422. https://doi.org/10.1146/annurev.psych.52.1.397

Massa, L. D. B., Silva, T. S. S., Sá, I. S. V. B., Sá Barreto, B. C., Almeida, P. H. T. Q., & Pontes, T. B. (2016). Síndrome de burnout em professores universitários. Revista de Terapia Ocupacional da Universidade de São Paulo, 27(2),180-189. https://doi.org/10.11606/issn.2238-6149.v27i2p180-189

Padilla, A. A. G., Bonivento, C. V. E., & Suarez, P. (2017). Síndrome de burnout y sentimiento de autoeficacia en profesores universitarios. Propósitos y Representaciones, 5(2), 65-126. https://doi.org/10.20511/pyr2017.v5n2.170

Pepe-Nakamura, A. P. (2002). Síndrome de burnout: estudo de variáveis sóciodemográficas, psicossociais e patologia (Tese de Doutorado). Universidade de Santiago de Compostela, Santiago de Compostela, Espanha. Recuperado em 19 de junho de 2019 http://www.usc.es/gl/servizos/publicacions/teses/psicoloxia.html

Piccinelli, M., & Wilkinson, G. (2000). Gender differences in depression: critical review. The British Journal of Psychiatry, 177(6), 486-492. https://doi.org/10.1192/bjp.177.6.486

Polydoro, S., Winsterstein, P. J., Azzi, R. G., Carmo, A. P., & Venditti Jr., R. (2004). Escala de auto-eficácia do professor de Educação Física. In C. Machado, L. S. Almeida, M. Gonçalves, & V. Ramalho (Orgs.), Avaliação psicológica: formas e contextos (pp. 330-337). Braga: Psiquilíbrios.

Rocha, M. S. A. (2009). Autoeficácia Docente no Ensino Superior (Tese de Doutorado). Faculdade de Educação, Universidade Estadual de Campinas, SP. Recuperado em 19 de junho de 2019 de http://repositorio.unicamp.br/jspui/handle/REPOSIP/251766

Saborío Morales, L., & Hidalgo Murillo, L. F. (2015). Síndrome de burnout. Medicina Legal de Costa Rica, 32(1), 119-124.

Schadenhofer, P., Kundi, M., Abrahamian, H., Stummer, H., & Kautzky‐Willer, A. (2018). Influence of gender, working field and psychosocial factors on the vulnerability for burnout in mental hospital staff: results of an Austrian cross‐sectional study Scandinavian journal of caring sciences, 32(1), 335-345. https://doi.org/10.1111/scs.12467

Silva, A. J., Iaochite, R. T., & Azzi, R. G. (2010). Crenças de autoeficácia de licenciandos em educação física. Motriz: Revista de Educação Física, 16(4), 942-949. https://doi.org/10.5016/1980-6574.2010v16n4p942

Singh, P. P., & Kumar, R. (2015). Role stress among more and less experienced high school teachers of western Uttar Pradesh. Indian Journal of Applied Research, 5(5), 19-21. https://doi.org/10.1111/scs.12467

Tostes, M. V., Albuquerque, G. S. C. D., Silva, M. J. D. S., & Petterle, R. R. (2018). Sofrimento mental de professores do ensino público. Saúde em Debate, 42(116), 87-99. https://doi.org/10.1590/0103-1104201811607

Tschannen-Moran, M., & Johnson, D. (2011). Exploring literacy teachers’ self-efficacy beliefs: potential sources at play. Teaching and Teacher Education, 27(4), 751-761. https://doi.org/10.1016/j.tate.2010.12.005

Wang, H., Hall, N., & Rahimi, S. (2015). Self-efficacy and causal attributions in teachers: Efects on burnout, job satisfaction, illness, and quitting intentions. Teaching and Teacher Education, 47, 120-130. https://doi.org/10.1016/j.tate.2014.12.005

Woolfolk Hoy, A., & Burke Spero, R. (2005). Changes in teacher efficacy during the early years of teaching: a comparison of four measures. Teaching and Teacher Education, 21(4), 343-356. https://doi.org/10.1016/j.tate.2005.01.007

Downloads

Publicado

2022-12-26

Edição

Seção

Artigos de Pesquisa Original