Veredas da violência contra a mulher
DOI:
https://doi.org/10.36482/1809-5267.ARBP-2022v74.18785Abstract
Compreender a violência contra a mulher exige uma análise que contemple a diversidade dos aspectos estruturais, históricos e conjunturais que a envolve. As formas discursivas e o sistema de valores circunscrevem o feminino como frágil, menos racional, entre outras caracterizações de inferioridade. Essas introjeções não operam apenas na ordem simbólica, mas estruturam lugares sociais que potencializam relações historicamente marcadas pela desigualdade entre homens e mulheres, atingindo diferentes classes, etnias, religiões e culturas. As concepções do que é ser mulher, transmitidas sem questionamento por gerações, marcam um caminho de incapacitação e subjetivação. A partir disso, e com base no método “História de Vida”, foram analisadas entrevistas de cinco mulheres entre 55 e 80 anos e as violências às quais foram submetidas. Constatou-se que a reedição de experiências violentas pelas novas gerações pode indicar a manutenção da subordinação feminina versus opressão masculinaReferences
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