Tecer a fuga com os fios do próprio corpo: a dança em filmes brasileiros recentes

Autores

  • Aline Portugal

DOI:

https://doi.org/10.60001/ae.n47.9

Palavras-chave:

Cinema brasileiro contemporâneo, Dança, Performance, Temporalidades, Territórios

Resumo

Este artigo enfoca algumas sequências de dança em filmes brasileiros recentes, buscando pensá-las como instauração performativa de temporalidades, territórios e subjetividades – frente às restrições operadas sobre corpos femininos racializados. Proponho pensá-las como práticas de liberdade em espaços espremidos, referindo-me aqui tanto aos entraves e violências que se operam sobre esses corpos que dançam, como também a algumas noções que conformam as escrituras fílmicas. Me interessa perceber como essas sequências constroem espaços-tempos que interrompem certo fluxo teleológico [da narrativa e da História]; trazendo a atenção para o corpo em performance – e como esse movimento coloca também alguns limites, usualmente estanques, para dançar.

Biografia do Autor

Aline Portugal

Doutoranda em Comunicação e Cultura na Eco-Pós/UFRJ na linha de Tecnologias da Comunicação e Estéticas [bolsista CNPq], contemplada pela Fulbright para realização de estágio doutoral no Departamento de Cinema Studies da NYU. Mestre em Comunicação pela UFF na linha de Estudos de Cinema e Audiovisual [bolsista CAPES]. Minhas pesquisas concentram-se no cinema brasileiro contemporâneo, pensando as escrituras fílmicas em sua relação com a produção de temporalidades e territórios dissensuais. Fui coordenadora do Curso Livre de Roteiro da Academia Internacional de Cinema e professora da Escola de Cinema Darcy Ribeiro e da Vila das Artes. Sou diretora e roteirista audiovisual, integrante da Mirada Filmes.

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Publicado

07-08-2024