Salão de 1879
Resumo
Nada nem ninguém escapava da visão crítica de Angelo Agostini. Responsável por diversas publicações humorísticas, como O diabo côxo (1865), O cabrião (1866) e Revista Illustrada (1876), dedicou-se à produção de charges, ilustrações satíricas e exemplos de arte
sequencial, das quais ninguém estava a salvo, desde as eminentes figuras políticas, com destaque para o Imperador Pedro II, até os expoentes culturais da época. Mesclando atividades artísticas e editoriais, Ângelo Agostini era assíduo frequentador das exposições e do ambiente artístico da cidade, e não poupava críticas a seus colegas, fossem elas de cunho pessoal ou profissional, o que, muitas vezes resultou em conflitos que, se não resvalaram para o embate físico, foi por puro acaso. Entre os alvos do jornalista e ilustrador, alternaram-se grandes nomes como o já citado, Henrique Fleuiss, Rafael Bordalo e os pintores Vitor Meireles e Pedro Américo. Irônico, sagaz e culto, Agostini construiu uma obra crítica de alto nível que, avaliada nos dias atuais, compõe um mosaico bastante esclarecedor de uma época em que os paradigmas acadêmicos começavam a passar por uma sistemática desconstrução, antecipando conceitos que floresceriam meio século mais tarde, já no século 20. Octavio Aragão.
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