Uso de Imagens Multiespectrais na Análise da Cobertura Vegetal em Área de Concessão Florestal em Rondônia

Autores

  • Camila Vieira Martins Universidade Federal de Rondônia, Departamento Acadêmico de Engenharia Florestal. Avenida Norte Sul, 7300, Nova Morada, 76.940-000, Rolim de Moura, RO.
  • Adriano Reis Prazeres Mascarenhas Universidade Federal de Rondônia, Departamento Acadêmico de Engenharia Florestal. Avenida Norte Sul, 7300, Nova Morada, 76.940-000, Rolim de Moura, RO.

DOI:

https://doi.org/10.11137/2018_2_104_116

Palavras-chave:

Amazônia, Unidade de conservação, Manejo florestal, Geotecnologias, Recursos florestais

Resumo

No Brasil, a concessão de florestas públicas para exploração madeireira é uma iniciativa do poder público para coibir a exploração ilegal e a grilagem a fim de preservar o patrimônio nacional. Entretanto, o conhecimento a respeito dos impactos promovidos nessa modalidade de exploração é incipiente, haja vista que a obtenção de dados em campo pode ser morosa e de alto custo. Dessa forma, as geotecnologias inserem-se nesse contexto por apresentarem métodos de obtenção de informações com rapidez e relativa precisão. Portanto, com o presente trabalho objetivou-se analisar a variação da cobertura vegetal em uma área de floresta pública sob diferentes intensidades de exploração madeireira no regime de concessão florestal, aplicando-se imagens multiespectrais e o índice de vegetação por diferença normalizada (NDVI). O local de estudo foi a Floresta Nacional do Jamari, na qual considerou-se duas áreas exploradas por dois anos consecutivos: a Unidade de Produção Anual 01 (UPA 01) com intensidades de corte 9 m³ ha-¹ e 10,5 m³ ha-¹, em 2010 e 2011, respectivamente, e a Unidade de Produção Anual 02 (UPA 02) com intensidades de corte de 24 m³ ha-¹ e 3 m³ ha-¹, em 2012 e 2013, respectivamente. As análises foram realizadas antes, durante e após a exploração madeireira e os resultados obtidos foram submetidos ao teste t pareado (p<0,05). Na UPA 01, exceto entre os anos de 2011 e 2012, não houve diferenças significativas nos valores de cobertura vegetal. Já em relação à UPA 02, não se verificou diferenças em nenhum dos períodos avaliados. Deste modo, foi possível verificar o efeito da exploração florestal e estimar a cobertura vegetal, contudo, o uso de geotecnologias para essa finalidade tem caráter complementar ao monitoramento em campo, pois os valores de NDVI estão sujeitos às intervenções ambientais naturais ou antrópicas, podendo subestimar ou superestimar os resultados.

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Publicado

2019-09-09

Edição

Seção

Artigos