Variabilidade Temporal da Precipitação e da Energia Potencial Convectiva Disponível (CAPE) na Amazônia Oriental Durante o Projeto Chuva

Autores

  • Romero Thiago Sobrinho Wanzeler Universidade Federal de Campina Grande, Unidade Acadêmica de Ciências Atmosféricas - Centro de Tecnologia e Recursos Naturais (UACA-CTRN). Av. Aprígio Veloso, 882, Bairro Universitário, 58429-140 Campina Grande, Paraíba.
  • Maria Aurora Santos da Mota Universidade Federal do Pará, Instituto de Geociências (IG). Rua Augusto Correa, 01, Guamá, 66075-110, Belém, Pará.
  • Daniele Santos Nogueira Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia, Centro Regional de Belém (CENSIPAM - CR-BE) Av. Júlio César, 7060, Val de Cans, 66617-420, Belém, Pará.

DOI:

https://doi.org/10.11137/2018_2_305_317

Palavras-chave:

Termodinâmica da atmosfera, Convecção, CAPE, Região amazônica

Resumo

Este trabalho teve o objetivo de analisar a variação e a evolução da estrutura termodinâmica da atmosfera, discutindo a importância dos fatores termodinâmicos e dinâmicos para o desenvolvimento da nebulosidade, à luz da teoria da Energia Potencial Convectiva Disponível (CAPE). Na região de estudo estão localizadas as cidades de Belém, São Miguel do Guamá e Tomé Açú, região nordeste do estado do Pará, onde ocorreu o experimento do Projeto CHUVA, entre 19 e 26 de junho de 2011. Foi observado que durante o período da campanha, a atmosfera esteve sempre instável, com valores de CAPE altos (na maioria dos casos, acima de 1000 J/kg), além de um ciclo diário bem definido, com máximos e mínimos ocorrendo às 15:00 e 03:00 HL, respectivamente. Esse ciclo era interrompido toda vez que ocorria precipitação, geralmente no período da tarde ou no início da noite. A interação entre as forçantes termodinâmica e dinâmica apresentou importante contribuição na formação de chuvas que foram registradas na região durante o período do experimento, como nos dias 21 e 22, em que a atuação da brisa marítima favoreceu o aumento da instabilidade local, o que foi verificado pelos valores altos de CAPE nas três cidades (CAPE > 2000 J/kg). Os resultados apresentados confirmam que embora a atmosfera estivesse instável, este fator sozinho não foi suficiente para gerar precipitação, havendo a necessidade da sua interação com a forçante dinâmica de escala maior.

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Publicado

2019-09-09

Edição

Seção

Artigos