Percepção dos Visitantes do Parque Nacional da Serra do Cipó (MG) para o Geoturismo

Autores

  • Ricardo Eustáquio Fonseca Filho Universidade Federal de Ouro Preto, Departamento de Turismo, Escola de Direito, Turismo e Museologia, Campus Universitário Morro do Cruzeiro, s/n, 35400-000, Ouro Preto, MG, Brasil
  • Paulo de Tarso Amorim Castro Universidade Federal de Ouro Preto, Departamento de Geologia, Escola de Minas. Campus Universitário Morro do Cruzeiro, s/n, 35400-000, Ouro Preto, MG, Brasil
  • Angélica Fortes Drummond Chicarino Varajão Universidade Federal de Ouro Preto, Departamento de Geologia, Escola de Minas. Campus Universitário Morro do Cruzeiro, s/n, 35400-000, Ouro Preto, MG, Brasil
  • Múcio do Amaral Figueiredo Universidade Federal de São João Del-Rei – UFSJ, Departamento de Geociências, Campus Universitário Tancredo Neves, Av.Visconde do Rio Preto, s/n, 36301-360, São João Del-Rei, MG

DOI:

https://doi.org/10.11137/2018_2_520_537

Palavras-chave:

Geoturista, Unidades de conservação, Perfil do turista

Resumo

As áreas naturais, mais do que fonte de alimentos e refúgio da rotina urbana, são de informações que devem ser mais bem conhecidas. As unidades de conservação (UC) são espaços profícuos para o desenvolvimento do conhecimento da natureza e das próprias sociedades. No presente trabalho pretendeu-se conhecer o visitante do Parque Nacional da Serra do Cipó – PNSC (MG) e se o mesmo pode ser considerado um geoturista. A amostra de 50 visitantes foi entrevistada aleatoriamente em fluxo na trilha da Cachoeira da Farofa no ano de 2014, por meio de formulário estruturado quali-quantitativo. Os resultados demonstram que: os visitantes são turistas (70%); não buscam a geologia (62%) do parque, sendo as principais motivações “cachoeiras” (24%) e “contemplação da natureza” (12%); acreditam que o conhecimento da geologia auxilia na compreensão da paisagem (32%); relacionam o patrimônio geológico à rochas e relevo (28%) e que sua importância se deve à vida na terra (24%), que sua degradação diminui a atratividade da paisagem (96%) e têm interesse (98%) em conhecer mais, em especial a geologia e a geomorfologia (58%); não sabem o que é geoturismo (46%) e destes acreditam que o parque pode ser conservado por meio do geoturismo (96%); não sabem o que é um geoparque (66%) mas o correlacionam à proteção do patrimônio geológico (35%) e consideram que os benefícios do geoparque incluem preservação, pesquisa científica e educação (65%). Conclui-se que apesar do visitante do PNSC poder ser considerado um geoturista “acidental” e “curioso” tendo potencial para se tornar “consciente”, o geoturismo na UC é um nicho em lugar de segmento. O que apresenta a necessidade de mais pesquisas de demanda para definição do geoturismo como segmento, bem como melhoria da sua oferta, por meio da formatação de produtos geoturísticos para serem comercializados por agências de viagem, UC e geoparques, com interpretação da geodiversidade guiada (guias de turismo) ou autoguiada (sinalização por placas e paineis) para os visitantes.

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Publicado

2019-09-09

Edição

Seção

Artigos