A Disseminação Científica do Projeto Gondwana no Espaço Expositivo do Museu da Geodiversidade - UFRJ

Autores

DOI:

https://doi.org/10.11137/1982-3908_2021_44_37737

Palavras-chave:

Disseminação Científica, Exposição, Gondwana

Resumo

A exposição “Gondwana: A Terra em Movimento”, no Museu da Geodiversidade (MGeo), é fruto da divulgação do conhecimento científico produzido pelo projeto acadêmico Revisão do Mapa Geológico do Gondwana (IGCP-628), em parceria UFRJ-PETROBRAS.  Temas como a noção de tempo geológico, a leitura de mapas geológicos e o movimento dos continentes ao longo do tempo estão embutidos no conceito maior do paleocontinente Gondwana, foco da sala de exposição. A análise do discurso expográfico é a chave para compreender como o público está recepcionando a divulgação do Projeto Gondwana e estabelecer quais pontos devem ser repensados dentro da sala. Foram aplicados questionários ao público espontâneo do museu por meio de uma ação de extensão foi possível mensurar o impacto da sala Gondwana no público espontâneo através da abordagem qualitativa e quantitativa, de cunho bibliográfico e descritivo, num questionário aplicado no período de abril a novembro de 2018. Os cinquenta entrevistados apresentaram uma absorção positiva da sala Gondwana com entendimento de médio a alto dos elementos de conhecimento científicos disponibilizados. A maioria dos visitantes avaliados tem nível universitário e conhecimento prévio de geologia mostrando que o discurso expográfico estava alinhavado com o público alvo do museu. Ficou evidente que alguns dos elementos expositivos, tais como o mapa geológico, requerem um desenvolvimento mais abrangente quanto à forma como estão sendo expostos. Como esperado os aparatos interativos tiveram maior adesão do público, ressaltando a interatividade como chave para exposição de conteúdos científicos.

Biografia do Autor

Jéssica Tarine Moitinho de Lima, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Instituto de Geociências, Programa de Pós-Graduação em Geologia.

Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Geologia - Av. Athos da Silveira Ramos

Referências

Almeida, A. M. 1995. Estudos de Público: A avaliação de exposição como instrumento para compreender um processo de comunicação. Revista do Museu de Arqueologia e Etnologia, 5: 325-334.

Bordinhão, K.; Valente, L. & Simão, M.S. 2017. Caminhos da memória: para fazer uma exposição. Brasília, Instituto Brasileiro de Museus, 88p.

Brasil. 1988. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm>. Acesso em: 14 jun. 2020.

Brasil. 1996. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/Ccivil_03/leis/L9394.htm>. Acesso em: 09 jan. 2020.

Brasil. 2001. Lei nº 10.172, de 9 de Janeiro de 2001. Aprova o Plano Nacional de Educação e dá outras providências. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/LEIS_2001/L10172.htm>. Acesso em: 14 jun. 2020

Brasil. 2018. Resolução nº 7, de 18 de dezembro de 2018. Estabelece as Diretrizes para a Extensão na Educação Superior Brasileira e regimenta o disposto na Meta 12.7 da Lei nº 13.0005/2014, que aprova o Plano Nacional de Educação – PNE 2014-2024 e dá outras providências. Disponível em: <https://xn--extenso-2wa.ufrj.br/images/LEGISLACAO/CNE---Resoluo-n-7-de-18-de-dezembro-de-2018.pdf> Acesso em: 14 jun. 2020.

Bueno, W.C. 1985. Jornalismo científico: conceito e funções. Ciência e Cultura, 37(9): 1420-1427.

Bueno, W.C. 2014. A Divulgação da Produção Científica no Brasil: A Visibilidade da Pesquisa nos Portais das Universidades Brasileiras. Revista Ação Midiática, 7: 1:15

Chelini, M. & Lopes, S.G.B. C. 2008. Exposições em museus de ciências: reflexões e critérios para análise. Anais do Museu Paulista, 16(2): 205-238.

Costa, L.F. & Brigola, J.C.P. 2014. Hábito cultural de visitar museus: estudo de público sobre o Museu do Homem do Nordeste. Revista Ibero-americana de Turismo - RITUR, 4:124-141.

Cury, M.X. 2006. Exposição: concepção, montagem e avaliação. São Paulo, Annablume, 162p.

Cury, M.X. 2009. O sujeito do museu. Musas, 4: 86-97.

Falk, J. 2001. Free-choice science education: How we learn science outside of school. New York, Teachers College Press, 224p.

Grunberg, E.; Ramos, S.P. & Silva, A.C.P. 2014. Sobre Educação Patrimonial, Turismo e Preservação dos Bens Culturais. Revista Iberoamericana de Turismo, 4(1): 125-129.

Köptcke, L.S. 2012. Público, o X da questão? A construção de uma agenda de pesquisa sobre os estudos de público no Brasil. Museologia & Interdisciplinaridade, 1(1): 209-235.

Lima, J.T.M & Schmitt, R.S. 2017. Processo de Construção do acervo científico do Centro de Memória do Gondwana: os produtos do Projeto IGCP-628 – Revisão do mapa Geológico do Gondwana. Revista PGPU – Práticas em Gestão Pública Universitária, 1(2):370-388.

Neves, A.L.C.; Chagas, A.A.A & Bizerra, A.F. 2014. Percepção do público de um museu de ciências acerca da experimentação animal. Revista da SBEnBio, 7:445-455.

Paula, L.M.; Pereira, G.R. & Silva, R.C. 2013. Por que você vem ao museu? Um estudo de caso acerca das motivações do público visitante de um museu de ciências no Rio de Janeiro. In: IX ENCONTRO NACIONAL DE PESQUISA EM EDUCAÇÃO EM CIÊNCIAS – IX ENPEC, Águas de Lindóia, 2013. Atas do Encontro, Águas de Lindóia, São Paulo, p1-8.

Schmitt, R.S.; Fragoso, R.A. & Collins, A.S. 2018. Suturing Gondwana in the Cambrian: The Orogenic Events of the Final Amalgamation. In: Siegesmund, S.; Basei, M.A.S.; Oyhantçabal, P. & Oriolo, S. (Eds.), Geology of Southwest Gondwana. Springer International Publishing, Cham, p. 411–432.

Valente, M.E.A. 2004. Os Museus de Ciência e Tecnologia: algumas perspectivas no Brasil dos anos 1980. In: XVII Encontro Regional de História – O lugar da História. ANPUH/SP-UNICAMP. Campinas, 6 a 10 de setembro de 2004. Anais do Encontro, Campinas, UNICAMP, Cd-rom.

Downloads

Publicado

2021-04-25

Edição

Seção

Geologia