Caracterização Tecnológica e Taxa de Exalação de Radônio de um Olivina Diabásio Porfirítico da Região de Apuiarés – CE

Autores

DOI:

https://doi.org/10.11137/1982-3908_2022_45_39354

Palavras-chave:

Radônio, Rocha Ornamental, Olivina Diabásio Porfirítico

Resumo

O gás radônio (²²²Rn), após o cigarro, tem sido considerado a maior causa de câncer pulmonar nos Estados Unidos, pois, segundo estudos, 21 mil pessoas morrem por ano devido a inalação do gás. Assim, é muito importante que as concentrações de radônio sejam conhecidas em ambientes fechados: residências, minas, galerias, dentre outros. O objetivo deste trabalho é apresentar os resultados de estudos sobre as características mineralógicas e tecnológicas de um dique de diabásio, com o intuito de obter características voltadas à aplicação como rocha ornamental e para revestimentos, seguindo as normas da ABNT e avaliar a taxa de exalação de radônio, através da aplicação de métodos de detecção ativa do gás radônio. O dique está localizado no município de Apuiarés-CE, geologicamente situada na Província Borborema, NE do Brasil, a NE do Domínio Ceará Central, relacionados a fenômenos magmáticos intrusivos e efusivos meso-cenozóicos. Foram coletados dois blocos de diabásio com dimensões de 30x40x30 cm, e enviados ao laboratório, onde foram feitos os corpos-de-prova para os ensaios tecnológicos e radiométricos. O dique é petrograficamente caracterizado com Olivina Diabásio Porfirítico (ODP) correspondendo a uma rocha de cor cinza escuro com variações para preto, estrutura isotrópica e textura porfirítica, não exibindo manchamentos ou irregularidades na textura que venham a comprometer o padrão estético para uso como rocha ornamental. O ensaio de exalação de radônio teve como resultado médio 1 ± 3 Bq. m-3 e em taxa de exalação de radônio por unidade de área (E), de 0,001 Bq. m-2.h-1. Portanto, em termos de caracterização tecnologia e de taxa de exalação de radônio ²²²Rn, o O.D.P. apresenta os requisitos de uso como rocha ornamental.

Biografia do Autor

Francisco Diones Oliveira Silva, Universidade Federal do Ceará

Possui graduação em Geologia (2008) e mestrado em Geodinâmica e Recursos Minerais (2011). Doutorado em Geologia em 2016 com pesquisa em envelhecimento acelerado de rochas ornamentais com medição da exalação de gás radônio. Atualmente, professor Adjunto no curso de Engenharia de Minas da Universidade Federal do Ceará, Campus de Crateús.

Antonio Leal Neto, Universidade Federal do Ceará

Doutor em Geologia pela Universidade Federal do Ceará/UFC (2017). Mestre em Geologia pela Universidade Federal do Ceará/UFC (2005). Bacharel em Geologia pela Universidade Federal do Ceará/UFC (1995). Atualmente é Técnico em Geologia do Departamento de Geologia/DEGEO da Universidade Federal do Ceará/UFC lotado no Laboratório de Microscopia Eletrônica/LME. Tem experiência na área de Geociências com ênfase na Caracterização Tecnológica de Rochas Ornamentais e na Realização de Análises Químicas por Microscopia Eletrônica de Varredura/MEV_EDS.

 

Wollker Cunha Soares, NUTEC - Núcleo de Tecnologia e Qualidade Industrial do Ceará

Possui graduação em Geologia (2012) e mestrado em Geologia (2016). Tem experiência na área de Geociências, com ênfase em Geologia Regional, atuando principalmente nos seguintes temas: rocha ornamental, mapeamento geológico e cartografia geológica. Atualmente está como Gerente Técnico do Laboratório de Rochas Ornamentais da Gerencia de Materiais - GEMAT/NUTEC e é doutorando em Geologia pela Pós-graduação do Departamento de Geologia (DEGEO) da Universidade Federal do Ceará (UFC).

José de Araújo Nogueira Neto, Universidade Federal de Goiás

Graduado em Geologia pela Universidade de Fortaleza (1980), especialização em Gemologia pela Universidade Federal de Ouro Preto (1981), especialização em Geociências na Universidade Federal do Pará (1984), doutorado em Geologia Regional pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (2000) e pós-doutorado no Instituto Superior Técnico (IST) da Universidade Técnica de Lisboa (2007). Coordenador do Programa de Pós-graduação em Geologia da Universidade Federal do Ceará (UFC) nos períodos de 2001-2003, 2008-2010 e 2012-2014. Coordenador do Curso de Especialização em Paleontologia e Geologia Histórica da UFC- Campus do Cariri (2010-2012). Professor Associado da UFC (1981-2015), Professor PROPAP UFC (2015 - Atual), e Professor Adjunto UFG (2016 - Atual). Vice-diretor da Faculdade de Ciências e Tecnologia (FCT) da Universidade Federal de Goiás (UFG) - Campus de Aparecida de Goiânia (CAP) (05/2016 a 04/2020). Desenvolve pesquisas na área de Geociências, com ênfase em: mineralogia, cristalografia, geoquímica, geocronologia, metamorfismo, mapeamento geológico, caracterização geológica e tecnológica de rochas e minerais com aplicação industrial, geomateriais e Arranjo Produtivo Local de Base Mineral (APL)

Antonio Carlos Artur, Universidade Estadual Paulista, Departamento de Geologia

Possui graduação em Geologia pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (1973), mestrado em Geociências (Mineralogia e Petrologia) pela Universidade de São Paulo (1980) e doutorado em Geociências (Mineralogia e Petrologia) pela Universidade de São Paulo (1988). Atualmente é professor Aposentado da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho. Tem experiência na área de Geociências, com ênfase em Rochas Ornamentais e de Revestimento, atuando principalmente nos seguintes temas: rocha ornamental, rocha de revestimento, petrografia, granito e caracterização tecnológica.

 

Irani Clezar Mattos, Universidade Federal do Ceará

Professora Associada do Depto. de Geologia da Universidade Federal do Ceará. Tem experiência em Minerais Industriais, atua nas áreas de caracterização de rochas ornamentais e de argilas; petrografia e geoquímica de granitos.

Igor Magalhães Clemente, Universidade Federal do Pampa

Possui graduação em Geologia pela Universidade Federal do Ceará(2007), mestrado em Geologia pela Universidade Federal do Ceará(2009) e doutorado em Geociencias - Geologia Regional(Rc) pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho(2013). Atualmente é Professor Adjunto da Universidade Federal do Pampa. Tem experiência na área de Geociências, com ênfase em Geologia. Atuando principalmente nos seguintes temas:Parâmetros Petrofísicos, Caracterização Tecnologica, Rocha Ornamental, Alterabilidade.

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Publicado

2022-01-07

Edição

Seção

Geologia