A fauna de morcegos fósseis como ferramenta na caracterização de paleoambientes quaternários

Autores

  • Leonardo Santos Avilla Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro; Departamento de Zoologia; Laboratório de Mastozoologia
  • Gisele Regina Winck Universidade do Estado do Rio de Janeiro; Instituto de Biologia Roberto A. Gomes; Departamento de Ecologia; Laboratório de Ecologia de Vertebrados
  • Vanessa Maria Rodrigues Francisco Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro; Departamento de Zoologia; Laboratório de Mastozoologia
  • Bruno Bret Gil Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro; Departamento de Zoologia; Laboratório de Mastozoologia
  • Alexandre Granhen Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro; Departamento de Zoologia; Laboratório de Mastozoologia
  • Débora Gabriel Costa Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro; Departamento de Zoologia; Laboratório de Mastozoologia

DOI:

https://doi.org/10.11137/2007_1_19-26

Resumo

Neste estudo pretende-se caracterizar o paleoambiente nas cercanias dos sítios Quaternários das grutas do sertão baiano e da região de Lagoa Santa durante o Pleistoceno. As paleofaunas de morcegos desses sítios foram comparadas com a fauna atual de 25 localidades, representando os principais biomas Neotropicais. Tal estudo foi possível, pois todas espécies de morcegos fósseis desses sítios fazem parte da fauna Neotropical atual, excetuando-se Desmodus draculae. Como os morcegos são ótimos caracterizadores ambientais, a associação das faunas atuais e fossilíferas permite reconhecer ambientes semelhantes. A similaridade entre as faunas foi verificada pelo Índice de Jaccard, com posterior análise de agrupamento por média não-ponderada (UPGMA). A paleofauna de Lagoa Santa agrupou-se com a fauna de Caatinga, sugerindo um ambiente seco e aberto para o entorno das grutas de Lagoa Santa durante o Pleistoceno. A paleofauna das grutas do sertão baiano não agrupou com nenhuma das faunas incluídas na análise. Muitos autores sugerem que o registro fossilífero destas grutas seja produto de mistura faunística. A dissimilaridade encontrada neste estudo entre paleofauna de morcegos das grutas baianas com as demais faunas analisadas corrobora o argumento de mistura faunística.

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Publicado

2007-01-01

Edição

Seção

Artigos