Tradução poética e ambiguidade produtiva
Resumo
Neste artigo, discuto os desafios da tradução poética a partir de uma das estratégias da escrita criativa que é a “ambiguidade produtiva” (Hahn, 2020), isto é, quando uma palavra evoca mais de um significado e quando esses dois ou mais significados são importantes para a estrutura semântica do texto poético. Embasando-me na definição de tradução poética como transcriação (Campos, 2013) e num percurso de reflexão sobre a ambiguidade na poesia que passa por Empson (1949), Boase-Bier (2020) e Cassin (2022), argumento a favor de uma tradução criativa que procure evocar a multiplicidade de sentidos no poema traduzido. Para ilustrar a discussão, recorro à minha tradução do inglês para o português brasileiro de um poema de Kimiko Hahn.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
O/A/S AUTOR/A/S confirma/m sua participação em todas as etapas de elaboração do trabalho: 1) Concepção, projeto, pesquisa bibliográfica, análise e interpretação dos dados; 2) Redação e revisão do manuscrito; 3) Aprovação da versão final do manuscrito para publicação; 4) Responsabilidade por todos os aspectos do trabalho e garantia pela exatidão e integridade de qualquer parte da obra. O envio dos trabalhos implica a cessão imediata e sem ônus, por parte de todos os autores, dos direitos de publicação para a revista Alea, a qual é filiada ao sistema CreativeCommons, atribuição CC-BY (https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/). Os autores são integralmente responsáveis pelo conteúdo do artigo e continuam a deter todos os direitos autorais para publicações posteriores do mesmo, devendo, se possível, fazer constar a referência à primeira publicação na revista. Alea não se compromete a devolver as contribuições recebidas. Autores de artigos, resenhas ou traduções receberão um exemplar da revista.