Roberto Schwarz e a desativação da universalidade do Brás Cubas
Abstract
O objetivo deste artigo é questionar a validade de um dos argumentos de Roberto Schwarz em Um mestre na periferia do capitalismo: Machado de Assis. Nesta obra, o crítico contrapõe-se frontalmente à possibilidade de investigação das Memórias póstumas de Brás Cubas a partir de um viés universalista, apresentando, ao invés disso, uma análise marxista centrada no processo de formalização da conduta da classe dirigente brasileira à época do Império. Alguns apontamentos dos principais representantes da fortuna crítica machadiana são usados para refutar a tese de que somente a interpretação histórico-sociológica é capaz de descortinar o sentido do primeiro romance moderno brasileiro.
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