Transgressão e ordem em O primo Basílio
DOI:
https://doi.org/10.1590/1517-106X/2025e69379Abstract
O foco deste artigo é sobre uma relação adúltera entre Luísa e Basílio em O primo Basílio, de Eça de Queirós (2017), e as consequências que resultam dessa aventura amorosa, nomeadamente o caos que cria na vida de Luísa e seu valor dentro da comunidade, dado que seu comportamento é visto pela sociedade burguesa como uma afronta aos seus códigos e convenções. O objetivo principal do sistema patriarcal, especialmente em termos do comportamento das mulheres, é salvaguardar seu poder e privilégio, assim como suas práticas linguísticas/sociais como dominantes e legítimas. O adultério de Luísa, alicerçado na linguagem do romantismo e em seus ideais, representa um evidente perigo para a legitimidade do discurso oficial. O adultério que não segue a ética normalizada da honra e de comportamento perturba a ordem existente e faz com que Luísa perca seu capital simbólico dentro da ordem burguesa imperante, um sistema que sempre aloca seus produtos diferencialmente à mulher, fato que destaca a assimetria social de gênero.
Palavras-chave: adultério; romantismo; Luísa; O primo Basílio; patriarcado.
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