Sob as flores - Hélène Cixous reescreve inscrições apagadas de Proust, de Freud
Abstract
A narradora de Ève s’évade - la ruine et la vie, 2009, de Hélène Cixous, está diante do envelhecimento e dos últimos tempos de vida de sua mãe Ève. Nas primeiras páginas, escutamos as vozes de Dante, Montaigne e Ève e chegamos à voz do sonho que não tarda a nos levar à viagem em que Freud, fugindo do nazismo, vai a Londres para “morrer em liberdade”. Neste breve ensaio, nos demoraremos nos modos de citação, cifração e decifração de cenas proustianas, no centro do palco, e de cenas freudianas, em volta do palco, pela escrita de Cixous. Buscaremos mostrar como essas cenas, lidas e relidas, se transformam, como as chamaremos livremente, em palavras-valise - omifiée/Omification, bergotter, rêvasion - e realizam o desejo de transformar a morte em literatura, desejo que acontece na transformação libertadora da palavra, que, entre cenas literárias e psicanalíticas, conjuga outros tempos, modos e vozes.Downloads
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