O arquivo e a literatura: afinidades eletivas
DOI :
https://doi.org/10.1590/1517-106X/2024e62113Résumé
O presente artigo promove uma crítica de certa abordagem teórica das literaturas de arquivo, tal qual desenvolvida no estudo Narrating from the Archive. Novels, Records, and Bureaucrats in the Modern Age, de Marco Codebò. Por um método materialista, propomos compreender a figuração literária do arquivo não como uma tendência do século XIX que nasce da necessidade de instituir um regime discursivo de verdade na literatura, mas sim como mecanismo propício à representação literária de uma sociabilidade burguesa recém-consolidada. Para isso, colocamo-nos em diálogo com as análises feitas por Codebò em Narrating from the Archive de dois “romances de arquivo” do século XIX: O Coronel Chabert, de Balzac, e Bouvard e Pécuchet, de Flaubert.
Palavras-chave: Literaturas de arquivo; “romances de arquivo”; O Coronel Chabert; Bouvard e Pécuchet.
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