PERFIL MORFOFISIOLÓGICO DE POLICIAIS MILITARES DA REGIÃO SEMIÁRIDO DE PERNAMBUCO

Autores

  • Ricardo Freitas Dias Universidade de Pernambuco
  • José Pereira de Lima Junior Fisioterapeuta graduado pela Universidade de Pernambuco -- Campus Petrolina (UPE) -- Petrolina/PE - Brasil.
  • Fabrício Cieslak Doutor em Educação Física pela Universidade Federal do Paraná e Professor Adjunto da Universidade Federal do Vale do São Francisco (UNIVASF) -- Petrolina/PE - Brasil.
  • Marco Aurélio Valois de Correia Junior Doutor em Saúde da Criança e do Adolescente pela Universidade Federal de Pernambuco e Professor Adjunto da Universidade de Pernambuco -- Campus Nazaré da Mata (UPE) -- Nazaré da Mata/PE -- Brasil.

Palavras-chave:

Obesidade, Antropometria, Polícia.

Resumo

A polícia militar é responsável pelo policiamento ostensivo e preservação da ordem pública, porém, apesar do senso comum estabelecer que os PMs apresentam níveis excelentes de condicionamento físico, na prática isso não é observado. Demonstrando a importância da análise morfofisiológica nestes. O objetivo foi avaliar variáveis morfológicas e fisiológicas de policiais militares na cidade de Petrolina/PE. Participaram do estudo 244 militares do 5° BPM. Avaliou-se o perfil morfológico, pelas variáveis IMC, CC, RCQ, IC, RCEst e IAC, e o perfil fisiológico pela FCR, PAS, PAD e DP. Pelo IMC, 0,8% apresentaram baixo peso, 30,4% eutrofia, 51,2% sobrepeso e 17,6% obesidade, já pelo IAC, 7,4% apresentaram eutrofia, 36,1% sobrepeso e 56,5% obesidade. A CC, a RCQ, o IC e o RCEst mostraram elevações dos riscos metabólicos decorrentes da obesidade, 44,7%, 32,2%, 77,0% e 54,1%, respectivamente. Destaca-se da dimensão fisiológica os 19,7% de hipertensos. Conclui-se que os PMs apresentaram elevados níveis de sobrepeso/obesidade, e elevados riscos de doenças cardiovasculares e metabólicas. Ressaltamos que este estudo possui mérito de auxiliar novas pesquisas objetivando não só prevenção à saúde e melhora da qualidade de vida, mas também melhora da prestação de serviço, preservação da ordem e segurança pública.

Referências

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA PARA O ESTUDO DA OBESIDADE E DA SÍNDROME METABÓLICA (ABESO). Diretrizes brasileiras de obesidade 2009/2010. 3. ed., Itapevi, Brasil: AC Farmacêutica, 2009.

ALMEIDA FILHO, N., BARATA, R., BARRETO, M. L. Epidemiologia: contextos e pluralidade. 4. ed., Rio de Janeiro, Brasil: Fiocruz. 1998

BARBOSA, R. O., SILVA, E. F. (2013). Prevalência de fatores de risco cardiovascular em policiais militares. Revista Brasileira de Cardiologia, v. 26, n. 1, p. 46--53, 2013.

BARCELLOS, J. A. P. As condições e a organização de trabalho dos Policiais Militares que executam o policiamento ostensivo: um estudo de caso na Brigada Militar em Porto Alegre/RS [dissertação]. Porto Alegre: Universidade Federal do Rio Grande do Sul -- UFRGS, 1999.

BERGMAN, R. N. et al. A Better Index of Body Adiposity. Obesity, v. 19, n. 5, p. 1083--1089, 2012.

FARAH, B. Q. et al. Association between resting heart rate and cardiovascular risk factors in adolescents. European Journal of Pediatrics, v. 174, n. 12, p. 1621--1628, 2015.

GLEESON, M., et al. The anti-inflammatory effects of exercise: mechanisms and implications for the prevention and treatment of disease. Nature Reviews Immunology, v. 11, n. 9, p. 607 615, 2011.

GUEDES, A. C. F., BISCUOLA, A. P., LIMA, M. C. C. (2015). Comparison between body mass index and adiposity index body in adult male. RBONE-Revista Brasileira de Obesidade Nutricao e Emagrecimento, v. 9, n. 54, p. 235--242, 2015

HAUN, D. R., PITANGA, F. J. G., LESSA, I. Razão cintura/estatura comparado a outros indicadores antropométricos de obesidade como preditor de risco coronariano elevado. Revista da Associação Médica Brasileira, v. 55, n. 6, p. 705--711, 2009.

HEYWARD, V. H., WAGNER, D. R. Applied Body Composition Assessment. 2. ed., Human Kinects, 2004.

HOPKINS, W. G. et al. Progressive statistics for studies in sports medicine and exercise science. Medicine and Science in Sports and Exercise, v. 41, n. 1, p. 3--12, 2009.

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE). Pesquisa Nacional de Saúde 2013. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 2014.

LIMA, A. D. et al. A associação do índice de massa corpórea com a relação cintura/quadril no comprometimento da saúde de policiais militares no estado do Ceará. Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício, v. 10, n. 59, p. 330--339, 2016.

LLOYD, L., LANGLEY-EVANS, S., MCMULLEN, S. (2012). PEDIATRIC REVIEW Childhood obesity and risk of the adult metabolic syndrome: a systematic review. International Journal of Obesity, v. 36, n. 1, p. 1--11, 2012.

MARFELL-JONES, M. et al. International standards for anthropometric assessment. Potchefstroom, África do Sul: ISAK, 2006.

MCARDLE, W. D.; KATCH, F. I.; KATCH, V. L. Fisiologia do exercício: nutrição, energia e desempenho humano. 7. ed., Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2011.

MORAES, K. D. et al. Correlação entre o índice de massa corporal e indicadores antropométricos de risco cardiovascular em mulheres. Revista de Pesquisa em Saúde, v. 16, n. 3, p. 175--181, 2015.

NETA, E. S. A. R., FERNANDES FILHO, J., CORTEZ, A. C. L. Nível de atividade física e estado nutricional de policiais militares na cidade de Floriano-PI. Revista Kinesis, v. 34, n. 1, p. 84--101, 2016.

NG, M., et al. Global, regional and national prevalence of overweight and obesity in children and adults 1980-2013: A systematic analysis. Lancet, v. 384, n. 9945, p. 766--781, 2014.

PEREIRA, E., TEIXEIRA, C. Proposta de valores normativos para avaliação da aptidão física em militares da Aeronáutica. Rev Bras Educ Fis Esp, v. 20, n. 4, p. 249--256, 2006.

PITANGA, F. J. G., LESSA, I. Razão cintura-estatura como discriminador do risco coronariano de adultos. Revista da Associação Médica Brasileira, v. 52, n. 3, p. 157--161, 2006.

PITANGA, F. J. G., LESSA, I. Sensibilidade e especificidade do índice de conicidade como discriminador do risco coronariano de adultos em Salvador, Brasil. Revista Brasileira de Epidemiologia, v. 7, n. 3, p. 259--269, 2004.

PRANDO, J., COLA, I. E. B., PAIXÃO, M. P. C. P. Perfil nutricional e prática de atividade física em policiais militares em Vitória -- ES. Rev Saúde e Pesquisa, v. 5, n. 2, p. 320-330, 2012.

SADRZADEH RAFIE, A. H. A., et al. Prognostic value of double product reserve. Eur J Cardiovasc Prev Rehabil, v. 1, n. 5, p. 541--547, 2008.

SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA (SBC). Diretriz Sul-Americana de prevenção e reabilitação cardiovascular. Arquivos Brasileiros de Cardiologia, v. 103, n. 2, 2014.

SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA (SBC). 7ª Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial. Arquivos Brasileiros de Cardiologia, v. 107, n. 3, 2016.

SOUSA, T. F. et al. Fatores associados à obesidade central em adultos de Florianópolis, Santa Catarina: estudo de base populacional. Revista Brasileira de Epidemiologia, v. 14, n. 2, p. 296--309, 2011.

VALDEZ, R., et al. A new index of abdominal adiposity as an indicator of risk for cardiovascular disease. A cross-population study. Internacional Journal Obesity Relation Metabolic Disorders, v. 17, n. 2, p. 77--82, 1993.

WORLD HEALTH ORGANIZATION (WHO). Physical status: the use and interpretation of anthropometry. Report of a WHO Expert Committee. WHO Technical Report Series

Downloads

Publicado

2017-11-06

Edição

Seção

Artigos