LITERATURA CLÁSSICA, ESCRITA DA HISTÓRIA E TEORIA QUEER: UM OLHAR SOBRE OS EUNUCOS (ROMA, 80-121 D.C.)
Parole chiave:
Eunucos, literatura, História de Roma,Abstract
Neste artigo, pretende-se refletir sobre a escrita da História Antiga de Roma, em especial a dos eunucos, a partir da documentação literária. Há algumas décadas os historiadores têm reconhecido as obras literárias como fonte profícua para a escrita da História; porém, no caso da Antiguidade, a literatura sempre fora indispensável para narrar a sua história, uma vez que, na maior parte dos casos, é o único documento disponível para tal. Também fararemos algumas considerações sobre a Teoria Queer, a qual julgamos apropriada para pensar tanto a prática historiográfica atual quanto as representações dos eunucos romanos. Assim, estas questões serão pensadas aqui por meio das obras Silvae, de Estácio; Epigrammata, de Marcial e De UitaCaesarum, de Suetônio.Riferimenti bibliografici
Fontes
MARCIAL, M. V. Epigramas. v.I. Lisboa: edições 70, 2000.
STATIUS, P. The SilvaeofStatius. Tradução de Betty Rose Nagle. Bloomington: Indiana University Press., 2004. 244 p
SUETÔNIO. As vidas dos doze Césares.Tradução de Sady-Garibaldi. 6 ed. São Paulo: Atena Editora. 419 p.
Livros
ALBUQUERQUE JR, D. M. História: a arte de inventar o passado. Bauru, SP: Edusc, 2007. 256 p.
BRASIL. Relatório sobre Violência Homofóbica no Brasil: ano de 2012. Brasília: Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República. 2013. 101 p
BURKE, P. A Revolução Francesa da historiografia:a Escola dos Annales (1929-1989). Tradução de Nilo Odália. São Paulo: Ed. da UNESP, 1992, 154 p.
BUTLER, J. Problemas de gênero:feminismo e subversão da identidade. Tradução de Renato Aguiar. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003. 236 p.
CARDOSO, Z. A. A literatura latina. 2ª ed. São Paulo: Martins Fontes, 2003. 220 p.
CHARTIER, R. A história cultural: entre práticas e representações. Tradução Maria Manuela Galhardo. Lisboa: Difel, 1990.
CITRONI, M. et. al. Literatura de Roma Antiga. Tradução de Margarida Miranda, Isaías Hipólito e Walter de Souza Medeiros. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2006. 1286 p.
DOSSE, F. A história em migalhas: dos Annales à Nova História. Tradução de Dulce A. Silva Ramos. São Paulo: Ensaio; Campinas: Ed. da UNICAMP, 1992, 267 p.
GRIMAL, P. A civilização romana. Lisboa: Edições 70, 1984.
HARTOG, F. Evidência da história: o que os historiadores veem. Tradução de Guilherme J. Freitas e Jaime A. Clasen. Belo Horizonte, MG: Autêntica, 2011. 286 p.
LOURO, G. L. Um corpo estranho:ensaios sobre sexualidade e teoria queer. Belo Horizonte: Autêntica, 2008. p. 54.
SPARGO, T. Foucault e a Teoria Queer. Tradução de Vladimir Freire – Rio de Janeiro: Pazulin; Juiz de Fora: Editora da UFJF, 2006. 67 p.
WILLIAMS, C. A. Roman Homosexuality. 2 ed. Oxford University Press: New York, 2010. 471 p.
Capítulos de livros
BUTLER, J. Corpos que pesam: sobre os limites discursivos do “sexo”. In: LOURO, G. L.,O corpo educado: pedagogias da sexualidade. Tradução de Tomaz Tadeu da Silva. 2 ed. Belo Horizonte: Autêntica. 2001. p. 151-172.
CERTEAU, M. A operação historiográfica. A escrita da História.Tradução de Maria de Lourdes Menezes. 2. ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2010. p. 65-119.
FUNARI, P. A.; FEITOSA, L. C.; SILVA, G. Introdução. Amor, desejo e poder na Antiguidade: relações de gênero e representação do feminino. Campinas – SP: Editora da Unicamp, 2003. p. 23.
HARLAN, D. A História Intelectual e o retorno da Literatura. In: RAGO, M.; GIMENES, R. Narrar o passado, repensar a História. Campinas: Ed. Unicamp, 2000, p. 15-61.
SCHEID, J. O sacerdote. In: GIARDINA, A. (Org.). O homem romano.Tradução de Maria Jorge Vilar de Figueiredo. Editorial Presença: Lisboa, 1991. p. 49-72.
VEYNE, P. O Império Romano. História da vida privada: do Império Romano ao ano mil. Tradução de Hildegard Feist. São Paulo: Companhia das Letras, 1990. p 19-223.
WHITE, H. Introdução: a poética da história. Meta-história:a imaginação histórica do século XIX. Tradução de José Laurênio de Melo. São Paulo: EDUSP, 1992. p. 17-56.
Artigos de periódicos
CERQUEIRA, F. V.; PINTO, R. Introdução: uma breve reflexão a respeito dos estudos sobre o homoerotismo. In: Métis: história & cultura. v. 10, n. 20, jul./dez. 2011. p. 7-14.
EHRHARDT, M. L. O bonus Civis cum humanitas: um projeto pedagógico para o Principado Romano. Mirandum.CEMOrOC-Feusp/IJI-Universidade do Porto. nº 20, 2009. p. 47-54.
FEITOSA, L. C. História, gênero, amor e sexualidade: olhares metodológicos. Revista do Museu de Arqueologia e Etnologia. São Paulo, 2003, n. 13. p. 101-115.
______.Gênero e sexualidade no mundo romano: a antiguidade em nossos dias. História: questões e debates. Ano 25, nº 48/49. Curitiba – PR: Editora da UFPR, 2008. p. 119-135.
FERREIRA, A. C. História e Literatura: fronteiras móveis e desafios disciplinares. Pós-História. Assis, SP, 1995, v. 4. p. 23-44.
SCOTT, J. Gênero: uma categoria útil de análise histórica. Educação e Realidade. Porto Alegre, vol. 20, n. 2, jul./dez. 1995. p. 71-99.
Dissertações e teses
PARRA, A. G. As religiões em Roma no principado: Petrônio e Marcial (século I e II d. C.). Dissertação (Mestrado em História). Faculdade de ciências e Letras, UNESP-Assis/SP. 2010.
PINTO, R. Duas rainhas, um príncipe e um eunuco: gênero, sexualidade e as ideologias do masculino e do feminino nos estudos sobre a Bretanha Romana. Tese (Doutorado em História). Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Unicamp: Campinas – SP, 2011. 254 f.
Textos publicados em anais
RIBEIRO JR, B. I. Estudos queer e antiguidade: o caso dos galli de Cibele representados por Marcial. In: Anais do X Ciclo de Estudos Antigos e Medievais; XIII Jornada de Estudos Antigos e Medievais; V Jornada Internacional de Estudos Antigos e Medievais. Londrina: UEL, 2014. p. 75-88. CD ROM.
Figuras
Figura 1: Hayden White. Quadro das afinidades eletivas. 1992. Encontrado em WHITE, H. Introdução: a poética da história.Meta-história:a imaginação histórica do século XIX. Tradução de José Laurênio de Melo. São Paulo: EDUSP, 1992. p. 44.
##submission.downloads##
Pubblicato
Fascicolo
Sezione
Licenza
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação;
As opiniões emitidas pelos autores são de sua exclusiva responsabilidade e não refletem a opinião da Ars Historica.