Homicídio, suicídio, morte acidental... 'O que foi que aconteceu?'

Autores

  • Klarissa Almeida Silva Platero UFF
  • Joana Domingues Vargas UFRJ

Palavras-chave:

perícia criminal, investigação criminal, homicídio, processo de criminalização, Rio de Janeiro

Resumo

O artigo discute as práticas dos profissionais responsáveis por classificar uma morte como “homicídio”, suicídio”, “acidente” ou “morte natural” à luz de abordagens construtivistas que tratam dos processos de criminalização. São analisadas as receitas profissionais utilizadas pelo staff da perícia criminal na tipificação de ocorrências. A pesquisa foi realizada em 2012 com base na observação de 19 “perícias de local do crime” no Rio de Janeiro. Os resultados indicam que as práticas adotadas em casos de morte típicos são diferentes das receitas profissionais seguidas pelo mesmo staff nos casos de morte atípicos. Por isso, o trabalho da perícia parece pouco contribuir para a elucidação da autoria em casos típicos de mortes classificadas como homicídios. Os resultados demonstram a desigualdade social na investigação dos homicídios.

Biografia do Autor

Klarissa Almeida Silva Platero, UFF

Professora adjunta do Departamento de Segurança Pública (DSP) do Instituto de Estudos Comparados em Administração de Conflitos (InEAC) da Universidade Federal Fluminense (UFF, Niterói, Brasil). É doutora em sociologia pelo Programa de Pós-Graduação em Sociologia e Antropologia (PPGSA) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ, Brasil), mestre pelo Programa de Pós-Graduação em Sociologia (PPGS) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG, Belo Horizonte, Brasil) e graduada em ciências sociais pela UFMG.

Joana Domingues Vargas, UFRJ

Professora associada do Núcleo de Estudos de Políticas Públicas em Direitos Humanos (NEPP-DH), do PPGSA e do Programa de Pós-Graduação em Direitos Humanos (PPDH), todos da UFRJ. É doutora em sociologia pelo Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro (Iuperj, Brasil), mestre pelo Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social (PPGAS) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp, Brasil) e graduada em história pela Universidade de Brasília (UnB, Brasil).

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Publicado

2017-12-20

Edição

Seção

Artigos