F*da-se a polícia! Formações estatais antinegras, mitos da fragilidade policial e a urgência de uma antropologia da abolição

Jaime do Amparo Alves

Resumo


O Brasil, país com as maiores taxas de civis mortos pelas forças públicas, tem registrado uma proliferação de estudos antropológicos sobre violência e cultura policial nas últimas décadas. Não só antropólogas e antropólogos dedicam cada vez mais atenção aos desafios e possibilidades do “policiamento democrático”, como os próprios agentes têm se tornado etnógrafos — ou pelo menos empregam algumas das técnicas da etnografia — em suas tentativas de fornecer relatos “privilegiados” do trabalho policial. Este artigo se concentra não tanto nas vítimas paradigmáticas do terror policial no Brasil, mas no papel crítico que a etnografia urbana pode desempenhar na desmistificação da “guerra à polícia” e no avanço de um movimento intelectual insurgente pela abolição dessa instituição moderna moralmente indefensável. 


Palavras-chave


etnografias da polícia, antinegritude, formações estatais, necropoder, antropologia da abolição

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DOI: https://doi.org/10.4322/dilemas.v15n3.50584

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