F*da-se a polícia! Formações estatais antinegras, mitos da fragilidade policial e a urgência de uma antropologia da abolição

Autores

DOI:

https://doi.org/10.4322/dilemas.v15n3.50584

Palavras-chave:

etnografias da polícia, antinegritude, formações estatais, necropoder, antropologia da abolição

Resumo

O Brasil, país com as maiores taxas de civis mortos pelas forças públicas, tem registrado uma proliferação de estudos antropológicos sobre violência e cultura policial nas últimas décadas. Não só antropólogas e antropólogos dedicam cada vez mais atenção aos desafios e possibilidades do “policiamento democrático”, como os próprios agentes têm se tornado etnógrafos — ou pelo menos empregam algumas das técnicas da etnografia — em suas tentativas de fornecer relatos “privilegiados” do trabalho policial. Este artigo se concentra não tanto nas vítimas paradigmáticas do terror policial no Brasil, mas no papel crítico que a etnografia urbana pode desempenhar na desmistificação da “guerra à polícia” e no avanço de um movimento intelectual insurgente pela abolição dessa instituição moderna moralmente indefensável. 

Biografia do Autor

Jaime do Amparo Alves, University of California, Santa Barbara

Professor de Estudos Negros na University of California, Santa Barbara (UC Santa Barbara, EUA). Tem doutorado e mestrado em antropologia pela University of Texas (UT, Austin, EUA) e graduação em comunicação social/jornalismo pela Universidade de Ribeirão Preto (Unaerp, Brasil). É autor de The Anti-Black city: Police Terror and Black Urban Life in Brazil (University of Minnesota Press, 2018).

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Publicado

2022-09-02

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Tradução