Elas também não são mulheres?: Travestis e mulheres transexuais em situação de prisão no Rio de Janeiro

Autores

  • Carlos Renato Alves-da-Silva Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, RJ, Brasil https://orcid.org/0000-0003-2142-7786
  • Claudia Bonan Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, RJ, Brasil https://orcid.org/0000-0001-8695-6828

DOI:

https://doi.org/10.4322/dilemas.v17.n2.60615

Palavras-chave:

Pessoas transgênero, prisões, travestilidade, expressão de gênero

Resumo

Travestis e mulheres transexuais têm suas vulnerabilidades aumentadas quando em situação de prisão, onde sofrem constantes violações de direitos básicos à vida. O estudo analisou a utilização e as formas de obtenção das tecnologias materiais de gênero dessa população no sistema penitenciário do Rio de Janeiro. Realizou-se uma pesquisa censitária com 138 entrevistadas, entre abril e junho de 2021. Os resultados revelaram percentuais elevados de jovens adultas, pretas, pardas e com baixa escolaridade. Apesar das dificuldades para a obtenção e a utilização dessas tecnologias, desvelou-se um cenário melhor quando comparado com outros estudos nacionais.

Biografia do Autor

Carlos Renato Alves-da-Silva, Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, RJ, Brasil

Farmacêutico bioquímico pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), doutor e mestre em saúde coletiva pelo Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira, Fundação Oswaldo Cruz (IFF-Fiocruz). É tecnologista em Saúde Pública da Fiocruz e diretor da Divisão de Apoio à Saúde e Cidadania LGBTI da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (SEAP-RJ) e membro do Conselho Estadual dos Direitos da População LGBT do Rio de Janeiro.

Claudia Bonan, Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, RJ, Brasil

Médica pela Faculdade de Ciências Médicas da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Doutora em Ciências Humanas e mestre em Sociologia pelo Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Realizou pós-doutorado no Centre de recherche médecine, sciences, santé, santé mentale, société, Centre national de la recherche scientifique (Cermes3-CNRS). Professora do Programa de Pós-Graduação em Saúde da Criança e da Mulher do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira, Fundação Oswaldo Cruz (IFF-Fiocruz).

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Publicado

2024-05-23

Edição

Seção

Artigos