A Teoria da Acumulação por Despossessão na Periferia do Capitalismo
Palavras-chave:
acumulación por despojo ilegalismos; Rio de Janeiro.Resumo
Este artigo reflete sobre a teoria da acumulação por despossessão, a produção do espaço urbano e os ilegalismos. Argumenta-se que o regime de acumulação por despossessão periférico do Brasil, exemplificado pela situação no Rio de Janeiro, opera no contexto de uma ordem urbana híbrida, desigual e combinada, mobilizando práticas nas fronteiras do legal e do ilegal, do formal e do informal. Para alcançar essa análise, o artigo discute a teoria da acumulação por despossessão, alinhado com a abordagem de David Harvey, recusando a dicotomia entre a esfera econômica e a extraeconômica, mas aceitando a ideia de que a acumulação por despossessão envolve diversas lógicas a partir das quais os regimes de despossessão podem ser caraterizados. Em seguida, o artigo busca uma aproximação empírica com o caso do Rio de Janeiro, examinando o entrelaçamento entre as dinâmicas legais e ilegais de promoção da despossessão. Primeiramente focando no papel do Estado, por meio da adoção da governança empresarial pelo governo da cidade e posteriormente na análise das atividades ilícitas, com ênfase nas milícias e no seu modelo de negócios.
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