A GENEALOGIA E AS RELAÇÕES DE CENTRO-PERIFERIA

Autores

  • Felipe Luiz

Palavras-chave:

Michel Foucault, genealogia, relações centro-periferia, Rudolf de Jong, anarquismo, filosofia política.

Resumo

Há toda uma polêmica em torno da interpretação de Michel Foucault, e ela não se restringe aos temas por ele abordados, tocando mesmo o cerne de sua produção teórica, o método. Normalmente, aponta-se a coexistência de dois métodos distintos ao longo de seus trabalhos, o arqueológico e o genealógico, e as formas de apreender esta distinção também variam. Nosso intuito é aventar as possibilidades de uma leitura do método genealógico de Michel Foucault em um marco libertário, notadamente aproximando-o das noções de centro e periferia, que tem longa carreira, mas à moda de sua exposição pelo historiador neerlandês Rudolf de Jong, o qual desenvolveu certos pressupostos do pensamento de Malatesta, dentre outros anarquistas. Tentaremos argumentar acerca da possibilidade de uma interpretação dos trabalhos de Foucault nestes marcos, focando-se na inter-relação e reflexão sobre seus textos, e os correlacionando às noções de centro e de periferia.

Biografia do Autor

Felipe Luiz

Mestrando em Filosofia pela Universidade Estadual Paulista (UNESP), Bacharel em Filosofia pela Faculdade de Filosofia e Ciências da Universidade Estadual Paulista (UNESP).

Referências

BOITO JR., A.; O estado capitalista no centro: crítica ao conceito de poder de Michel Foucault, 2016, disponível em http://www.grabois.org.br/portal/artigos/153040/2016-09-16/o-estado-capitalista-no-centro-critica-ao-conceito-de-poder-de-michel-foucault acessado em 06 de novembro de 2016.

BRUNI, J.C. (1989). Foucault: o silêncio dos sujeitos, SP: Revista Tempo Social, v.1., n. 1, pp.199-207.

BURKE, P. (1997). A escola dos Annales (1929-1989), SP: EDUNESP

CASTRO, E. (2009). Vocabulário de Foucault, BH: Autêntica

COELHO, E.P (s/d). Estruturalismo: antologia de textos teóricos, Lisboa: Portugália

CORRÊA, F. (2008). Da periferia para o centro: sujeito revolucionário e transformação social in DE JONG, R.; A concepção libertária da transformação social revolucionária, SP/RJ: Faísca/FARJ

DE JONG, R. (2008). A concepção libertária da transformação social revolucionária, SP/RJ: Faísca/FARJ,

DOSSE, F. (1994). História do estruturalismo volume 2 — o canto do cisne: de 1967 aos nossos dias, Campinas: Ensaio

FEDERAÇÃO ANARQUISTA DO RIO DE JANEIRO (FARJ) (2008). Anarquismo social e organização, RJ: FARJ

FEDERAÇÃO ANARQUISTA URUGUAIA (FAU) (1972). Huerta grande: a importância da teoria, s/l, disponível em https://anarquismorj.wordpress.com/textos-e-documentos/teoria-e-debate/huerta-grande-a-importancia-da-teoria-fau/ acessado em 06/11/2016

FOUCAULT, M. (2007a). A arqueologia do saber, 7a ed., RJ: Forense Universitária

______________ (2005a). A ordem do discurso, SP: Loyola,

______________ (2005b). A verdade e as formas jurídicas, 3a ed., RJ: NAU,

______________ (2006a); Ditos e escritos V — Estratégia, poder, saber, 2a ed., RJ: Forense Universitária

______________ (2007b). Do governo dos vivos, SP: Centro de Cultura Social

______________ (s/d). Entrevista de Michel Foucault à Quinzaine Littéraire in COELHO, E.P.; Estruturalismo: antologia de textos teóricos, Lisboa: Portugália, s/d

______________ (1972). Histoire de la folie à l’âge classique, Paris: Gallimard

______________ (1997a). A história da sexualidade I: a vontade de saber, RJ: Graal,

______________ (2001). A microfísica do poder, 16a ed., RJ: Graal,

______________ (1999). Em defesa da sociedade, SP: Martins Fontes

______________ (2008). Nascimento da biopolítica, SP: Martins Fontes

______________ (2006b). O poder psiquiátrico, SP: Martins Fontes

______________ (1997b). Resumo dos cursos no Collège de France: 1970-1982, RJ: Zahar

______________ (2006c). Vigiar e Punir — Nascimento da prisão, 31a ed., Petrópolis: Vozes

GOLDSCHMIDT, V. (1963). A religião de Platão, SP: Difel

_________________ (1963). Tempo histórico e tempo lógico na interpretação dos sistemas filosóficos in GOLDSCHMIDT, V.; A religião de Platão, SP: Difel, 1963

LUIZ, F. (2010). Foucault genealogista: a guerra como modelo analítico das relações de poder Campinas: IFCH, Cadernos da Graduação, v. 1, pp. 145-152,, disponível em http://www.ifch.unicamp.br/ojs/index.php/cadernosgraduacao/article/view/538 acessado em 06/11/2016

_______ (2010). O conceito de saber na epistemologia política de Michel Foucault, Revista de Iniciação Científica da FFC, v. 10, n. 2, 2010, disponível em http://www2.marilia.unesp.br/revistas/index.php/ric/article/view/331 acessado em 06/11/2016

MACHADO, R. (1988). Ciência e saber: a trajetória da arqueologia de Michel Foucault, 2a ed., RJ: Graal,

______________ (2001). Por uma genealogia do poder in FOUCAULT, M; A microfísica do poder, 16a ed., RJ: Graal

MALATESTA, E. (s/d). Anarcocomunismo italiano, SP: Luta Libertária

_______________ (2009). Anarquismo e anarquia¸SP: Faísca

MARINI, R.M. (2005). Desenvolvimento e dependência in TRASPADINI, R., STÉDILE, J.P.; Ruy Mauro Marini — vida e obra, SP: Expressão Popular

MAZZONI, M. (2016). O anarquismo segundo duas abordagens contemporâneas s/l: ITHA, 2016, disponível em https://ithanarquista.files.wordpress.com/2016/08/marcelo-de-marchi-mazzoni-o-anarquismo-segundo-duas-abordagens-contemporaneas.pdf acessado em 06/11/2016

NIETZSCHE, F. (1999). Ecce homo — como alguém se torna o que é, SP: Cia das Letras

PIAGET, J (1970). O estruturalismo, SP: DIFEL

PINTO E SILVA, E. (2001). Ética, loucura e normalização, Revista Psicologia Ciência e Profissão, 21 (4), pp. 16-25

PORPHYRIUS (1947). Isagoge, Paris: Vrin

RICHARD, V. (org.) (2007). Malatesta — pensamiento y acción revolucionários, Buenos Aires: Tupac

TRAGTENBERG, M (2007). A revolução russa, EDUNESP

TRASPADINI, R., STÉDILE, J.P. (2005). Ruy Mauro Marini — vida e obra, SP: Expressão Popular

VACCARO, S. (s/d). Foucault e o anarquismo disponível em www.sabotagem.cjb.net acessado em 31de outubro de 2016.

VEYNE, P. (1982); Como se escreve a história/Foucault revoluciona a história, Brasília: EDUnB

Downloads

Publicado

2019-11-17

Edição

Seção

Artigos