A EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA COMO PRÁTICA DE UMA EDUCAÇÃO DECOLONIAL CONTRA O ECOCÍDIO E O EPISTEMICÍDIO INDÍGENA
Palavras-chave:
Interculturalidade, Povos Indígenas, Decolonialidade, Educação Ambiental e Extensão UniversitáriaResumo
O presente artigo, a partir de uma apreensão relacionada à crise socioambiental atual e à constante invisibilização dos povos indígenas na sociedade brasileira bem como na universidade, buscou analisar, na maior e mais antiga universidade do país, a UFRJ, os processos educativos desenvolvidos nas atividades de extensão relacionadas com a interculturalidade, os povos originários, a decolonialidade e a educação ambiental. Apontamos a necessidade da construção de uma educação decolonial e intercultural que dialogue com as diferentes culturas onde a extensão universitária contribuiria para a formação de uma sociedade democrática, crítica e antirracista.
Referências
ARAÚJO, Ana Valéria et al. Povos Indígenas e a Lei dos “Brancos”: o direito à diferença. Brasília:MEC/LACED/Museu Nacional, 2006. Disponível em: https://unesdoc.unesco.org/ark:/48223/pf0000154567
BAUMAN, Zygmunt. Estranhos à nossa porta. Rio de Janeiro: Zahar, 2017.
BRASIL, Lei nº 11.645 de 10 de março de 2008, de 11 de mar. de 2008. Disponível em https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2008/lei/l11645.htm.
BRASIL. LEI nº 12.711, de 29 de Agosto de 2012. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12711.htm. BENITES, Sandra. Viver na língua Guarani Nhandeva (mulher falando). Dissertação (Mestrado) - Programa de Pós-graduação Antropologia Social (PPGAS) do Museu Nacional (MN). Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2018. disponível:sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=5614290.
CASTRO-GÓMEZ, Santiago. Descolonizar a universidad. La hybris del punto cero y el diálogo de saberes. In: CASTRO-GÓMEZ, Santiago; GROSFOGUEL, Ramón. El giro decolonial: reflexiones para una diversidad epistémica más allá del capitalismo global. Bogotá: Siglo del Hombre Editores; Universidad Central, Instituto de Estudios Sociales Contemporáneos y Pontificia Universidad Javeriana, Instituto Pensar, 2007, p.79-93.
CAMPOS, Luiz Augusto. Racismo em três dimensões: Uma abordagem realista-crítica. Revista Brasileira de Ciências Sociais, São Paulo, v.32,n. 95, 329-507, 2017. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-69092017000300503&lng=en&nrm=iso
CIMI. Relatório Violência Contra os Povos Indígenas no Brasil – dados de 2021. Disponível em: ttps://cimi.org.br/wp-content/uploads/2022/08/relatorio-violencia-povos-indigenas-2021-cimi.pdf
FERDINAD, Malcom. Uma ecologia decolonial: pensar a partir do mundo caribenho. São Paulo: Ubu Editora, 2022.
FREIRE, Paulo. Extensão ou comunicação? Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2013.
GROSFOGUEL, Ramón. A estrutura do conhecimento nas universidades ocidentalizadas: racismo/sexismo epistêmico e os quatro genocídios/epistemicídios do longo século XVI. In.: Dossiê: Decolonialidade e Perspectiva Negra. Revista Sociedade Estado. V.31, n.1, Jan-Apr, 2016. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S0102-69922016000100003
GUARANY, Vilmar Martins Moura. Desafios e perspectivas para a construção e o exercício da cidadania indígena. In.: Povos indígenas e a lei dos "brancos": o direito à diferença. Brasília: MEC e Unesco. Disponível em: https://unesdoc.unesco.org/ark:/48223/pf0000154567
GUIMARÃES, Andre Silva. Raça, cor, cor da pele e etnia. Cadernos de Campo, São Paulo, v.20, n.20, 265-271, 2011. Disponível em: https://doi.org/10.11606/issn.2316-9133.v20i20p265-271
HARAWAY, Donna. Antropoceno, Capitaloceno, Plantationoceno, Chthuluceno: fazendo parentes. In.: ClimaCom Cultura Científica - pesquisa, jornalismo e arte Ι Ano 3 - N. 5, Abril de 2016.
HAN, Byung-Chul. A sociedade do cansaço. Petrópolis: Vozes, 2015.
LANDER, Edgardo (org). A colonialidade do saber: eurocentrismo e ciências sociais. Perspectivas latinoamericanas. Buenos Aires, Colección Sur Sur, 2005.
LEPES/UFRJ. Avaliação das Políticas de Ação Afirmativa no Ensino Superior no Brasil: Resultados e Desafios Futuros. Mimeo: Rio de Janeiro, 2022.
LOWY, Michel. Crise ecológica, crise capitalista, crise de civilização: a alternativa ecossocialista. In.: Caderno CRH, Salvador, v. 26, 67, p.79-86, Jan./Abr., 2013.
LUCIANO – BANIWA. Gersem dos Santos. O Índio Brasileiro: o que você precisa saber sobre os povos indígenas no Brasil de hoje. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade; LACED/Museu Nacional, 2006.
MENEZES, Anne; SANCHEZ, Celso; STORTTI, Marcelo Aranda. Educação Ambiental desde el sur: da ruptura com a perspectiva colonial em busca de outras relações sociedade-natureza. In: MONTEIRO, Bruno (org.). Decolonialidades na educação em ciências. São Paulo: Editora Livraria da Física, 2019.
MILANEZ, Felipe. Bolsonaro e o ódio aos índios. Disponível em https://www.cartacapital.com.br/opiniao/bolsonaro-e-o-odio-aos-indios/.
MONTEIRO, Bruno A. P.. (Org.). Decolonialidades na educação em ciências 1. ed.. São Paulo: Editora Livraria da Física, 2019.
MUNANGA, Kabengele . Rediscutindo a Mestiçagem no Brasil: Identidade nacional Versus Identidade Negra. Petrópolis: Ed.Vozes, 1999.
NOGUEIRA, Oracy. Preconceito racial de marca e preconceito racial de origem: sugestão de um quadro de referência para a interpretação do material sobre relações raciais no Brasil. Revista Tempo social: São Paulo, v.19, n.1, p.287-308, junho de 2007. Disponível em: https://www.scielo.br/j/ts/a/MyPMV9Qph3VrbSNDGvW9PKc/abstract/?lang=pt
QUIJANO, Aníbal. Colonialidade do poder, eurocentrismo e América Latina. In: SANTOS, João Paulo. Entre golpes brandos e rígidos: uma análise crítica do livro Guerras híbridas, de Andrew Korybko. In.: Revista Princípios: teoria, política e cultura. v.40, n.161, p. 197-219.
SHIVA. Vandana. Biopirataria: pilhagem da natureza e do conhecimento. Petrópolis, Vozes, 2001
STUART, Hall. Raça, o significante flutuante. Tradução de Liv Sovik, em colaboração com Katia Santos. Rio de Janeiro. Revista Z Cultural, n.2, ano 8, 2015. Disponível em: http://revistazcultural.pacc.ufrj.br/raca-o-significante-flutuante%EF%80%AA/
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença CreativeCommonsAttribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).
POLÍTICA DE PRIVACIDADE
Os nomes e endereços informados nesta revista serão usados exclusivamente para os serviços prestados por esta publicação, não sendo disponibilizados para outras finalidades ou a terceiros.