Ruptura e Transição democrática no Brasil: releitura crítica da história recente

Autores

  • clayton emanuel rodrigues Universidade Federal do Oeste da Bahia
  • Cleildes Marques Santana Universidade Federal do Oeste da Bahia
  • Andressa dos Santos Silva Universidade Federal do Tocantins

Palavras-chave:

Transição. Democracia. Militarismo. Classe Operária, Esquerda do Capital

Resumo

Esse artigo analisa, através de pesquisa historiográfica e sociológica, nomeadamente, de pesquisadores sociais brasileiros do período, a tutela militar e a política de transição, sempre incompleta, acordada com as elites econômicas e partidárias. Percorremos a tesão histórica entre os movimentos populares e a disposição negocial dos setores partidários e das elites, e por conseguinte, buscamos aclarar as razões do recrudescimento autoritário, que aliou desencantamento com a esquerda partidária e discursos anticorrupção e religioso conservador, notadamente neopentecostal. Analisamos como as formas de negociações entre a oposição e o poder dominante têm acordado na exclusão das classes pobres e trabalhadoras e como a instituição de formas autoritárias, fundada no medo de ruptura, permitiu, desde a independência, processos de liberdades consentidas e tuteladas. Por fim, demonstramos o esquema de “entendimentos” e a necessidade de romper com a tradição imposta de negociação por cima em uma sociedade desorganizada por baixo, na qual os setores mais excluídos são os que amargam o resultado da negociação entre os de cima.

 

Biografia do Autor

clayton emanuel rodrigues, Universidade Federal do Oeste da Bahia

 Doutor em Sociologia pelo Instituto de Ciências Sociais da Universidade do Minho. Professor da Universidade Federal do Oeste da Bahia, departamento de Ciência Política.

Cleildes Marques Santana, Universidade Federal do Oeste da Bahia

Doutora em Administração Pública pela UFBA. Professora da Universidade Federal do Oeste da Bahia, departamento de Sociologia.

Andressa dos Santos Silva, Universidade Federal do Tocantins

Acadêmica de Direito pela Universidade de Tocantins.

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Publicado

2024-07-02

Edição

Seção

Artigos