DOS “NÚCLEOS ÍNTIMOS” AOS “GRUPOS DE AFINIDADE”: EXCURSO HISTÓRICO-BIOGRÁFICO DE UMA PRÁTICA ANARQUISTA
DOI:
https://doi.org/10.59488/re1Resumo
A partir da biografia e da obra de Carlo Cafiero (1846-1892), tentarei analisar um aspecto específico da militância anarquista, ou seja: a tendência a criar redes (geralmente pequenas, secretas e temporárias) de apoio mútuo, solidariedade, mobilitação, com vista à realização de determinadas ações diretas, projetos e atividades coletivas em geral. As biografias desses primeiros militantes permitem evidenciar a relevância dessa prática como meio privilegiado de organização interna. Os “núcleos íntimos”, criados sob o impulso de Bakunin no seio da I Internacional, são o primeiro exemplo dessa prática do ponto de vista da historiografia anarquista. Tentarei ilustrar aqui os elementos de continuidade entre a praxis dos “núcleos íntimos” bakuninianos e a dos chamados “grupos de afinidade” presentes no anarquismo contemporâneo. Até as primeiras décadas do século XX, essa prática resultou na organização dos trabalhadores, na propaganda revolucionária, em tentativas de insurreição ou até mesmo em regicídios; hoje em dia, ela impulsiona muitas das ações de protesto/resistência/sabotagem realizadas pelo movimento anarquista internacional.
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