Dalton Trevisan: tensões e intenções do vampiro de Curitiba
DOI:
https://doi.org/10.35520/flbc.2016.v8n15a17244Abstract
Segundo Walter Benjamin, “o narrador retira da experiência o que ele conta: sua própria experiência ou a relatada pelos outros. E incorpora as coisas narradas à experiência dos seus ouvintes” (1994, 201). A Curitiba descrita por Dalton Trevisan se enreda num provincianismo muito distante dos apelos da modernidade. O autor se aproxima da proposição benjaminiana quando rompe o horizonte limitado pelas adjacências de onde mora, do qual sai apenas para arriscar caminhadas solitárias e ocasionais de um andarilho apavorado pela ameaça de abordagens curiosas, e se vale de sua criatividade para engendrar a Curitiba estranhável. Quando assim ocorre, Dalton Trevisan percebe a cidade bem distante da fama de Cidade Humana, como é conhecida.
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