A apoteose da fome. <em>Rua Direita</em>, de Anderson Borges Costa

Autores

  • Pedro Cornelio Vieira de Castro Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)

DOI:

https://doi.org/10.35520/flbc.2016.v8n15a17448

Resumo

Ambientado em São Paulo, Rua Direita se equilibra em prosa e poesia, na interação do cosmos exterior da selva de concreto com o mar lírico do interior do protagonista. Por isso, a ele é permitido se refrescar na pedra, se limpar com “pedra-sabão”. A fome, esse vazio no estômago, é onipresente. Grita por comida, ao mesmo tempo que devora a sanidade do indigente. É ela que invade as ruas e cria miragens, desejos e a realidade do cotidiano metropolitano. A fome cria a abundância de imagens do romance, sem precisar contagiar nenhum outro personagem da trama. Só protagonista e leitor.

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Publicado

2016-06-30

Edição

Seção

Resenhas