Retratos da infância no memorialismo poético de Carlos Drummond de Andrade
Abstract
O “Poema de sete faces”, que abre o primeiro livro de Carlos Drummond de Andrade Alguma poesia (1930) 1, já indicava que a infância, bem como toda a obra do poeta, não poderia ser capturada por um único e definitivo olhar. Sua poesia seria marcada por um anjo, não mais angelical como o do romantismo, que conduzia o adulto ao paraíso da infância perdida, mas sim, por um anjo “torto”, vivendo à margem, “na sombra”. Note-se ainda que ele não surge para proteger o poeta, mas para lhe predestinar a “ser gauche na vida”, indicando que o paraíso talvez estivesse na transgressão, no movimento, na capacidade de criar outras faces e,consequentemente, outras infâncias.
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2013-06-30
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Artigos
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